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Estudo de revestimentos cerâmicos sobre substrato metálico obtido

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obtenção das fases t <strong>de</strong> baixa ítria e c <strong>de</strong> alta ítria é impedido. A t’ forma-se por<br />

transformações in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> difusão a partir da fase cúbica durante<br />

o resfriamento [56, 61].<br />

A Figura 2.27 evi<strong>de</strong>ncia também que cerâmicas <strong>de</strong> Y-PSZ po<strong>de</strong>m ser obtidas<br />

para uma larga faixa <strong>de</strong> composição (6 a 11 % em mol <strong>de</strong> YO1,5). As cerâmicas <strong>de</strong> Y-<br />

TZP são obtidas para composições em torno <strong>de</strong> 4% em mol <strong>de</strong> YO1,5.<br />

O diagrama <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> fases do sistema ZrO2 – YO1,5 (Figura 2.27) inclui<br />

tanto as fases em equilíbrio, quanto as fases <strong>de</strong> rápido resfriamento da região <strong>de</strong> líquido<br />

para o campo cúbico. As fases <strong>de</strong> rápido resfriamento são indicadas por barras na parte<br />

inferior do diagrama. Um X marcado na região <strong>de</strong> líquido representa a composição<br />

típica utilizada na obtenção <strong>de</strong> TBC (ZrO2 – 8 % em mol <strong>de</strong> YO1,5, aproximadamente<br />

7,4% em peso). Durante a obtenção <strong>de</strong> <strong>revestimentos</strong>, tanto por PS quanto por EB-PVD,<br />

o material resfria rapidamente. O processo <strong>de</strong> resfriamento é indicado pela linha<br />

vertical. Essa linha intercepta a barra horizontal que correspon<strong>de</strong> à fase t’, que é a fase<br />

<strong>de</strong> menor energia livre para uma transformação sem difusão ou com difusão <strong>de</strong>sprezível<br />

[61].<br />

2.12.2 A Transformação Tetragonal →Monoclínica<br />

A fase t’é referida muitas vezes como a t não transformável por não passar pela<br />

transformação martensítica t → m e, portanto, não contribuindo para o aumento da<br />

tenacida<strong>de</strong> à fratura da cerâmica. Isto é uma <strong>de</strong>scrição incompleta, pois a fase t’ é<br />

metaestável e apresenta a transformação para o equilíbrio c e t após envelhecimento <strong>de</strong><br />

longa duração [58].<br />

A tenacida<strong>de</strong> à fratura <strong>de</strong> um material multifásico frágil, KIc, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita<br />

por uma relação da forma:<br />

em que:<br />

K = K 0 + ∆K<br />

(2.17)<br />

Ic<br />

K0 – tenacida<strong>de</strong> da matriz e<br />

C<br />

∆Kc – contribuição dos diversos mecanismos <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> tenacida<strong>de</strong>.<br />

Em cerâmicas contendo uma distribuição apreciável <strong>de</strong> fase metaestável t, a<br />

transformação induzida por tensão t→m no campo <strong>de</strong> tensões <strong>de</strong> uma trinca<br />

potencialmente danosa, proporciona um aumento da tenacida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> mecanismos<br />

associados à acomodação <strong>de</strong> forma durante a transformação. A mudança <strong>de</strong> volume<br />

associada à transformação cria um campo <strong>de</strong> tensões compressivas em torno da ponta da<br />

trinca que se opõe à sua propagação (aumento <strong>de</strong> tenacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à transformação -<br />

∆KCT≈15 MPa.m 1/2 ). Contribuições adicionais ao aumento da tenacida<strong>de</strong> provêm <strong>de</strong><br />

microtrincas associadas com as tensões <strong>de</strong> acomodação <strong>de</strong> forma da transformação<br />

(∆KCM≈2-6 MPa.m 1/2 ) e da <strong>de</strong>flexão da trinca pela zona <strong>de</strong> transformação à frente da<br />

trinca (∆KCD≈2-4 MPa.m 1/2 ). A contribuição <strong>de</strong> cada mecanismo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da escala,<br />

morfologia, dispersão e fração volumétrica da fase t [55, 62 e 63].<br />

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