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Estudo de revestimentos cerâmicos sobre substrato metálico obtido

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perpendicular às interfaces e pela medida das temperaturas ao longo dos três materiais,<br />

infere-se o fluxo <strong>de</strong> calor (Q) e <strong>de</strong>termina-se a condutivida<strong>de</strong> térmica pela Equação 2.28<br />

[16, 17].<br />

∆T<br />

Q = −k.<br />

A.<br />

, (2.28)<br />

∆x<br />

em que:<br />

Q: fluxo <strong>de</strong> calor;<br />

A: área e<br />

∆T: diferença <strong>de</strong> temperatura para uma dada espessura ∆x.<br />

A difusivida<strong>de</strong> térmica (α) do material esta relacionada com a condutivida<strong>de</strong> térmica<br />

pela equação:<br />

k = α . c p . ρ , (2.29)<br />

em que:<br />

cp: capacida<strong>de</strong> calorífica à pressão constante e<br />

ρ: massa específica do material.<br />

As <strong>de</strong>terminações tanto da massa específica quanto da capacida<strong>de</strong> calorífica<br />

apresentam dificulda<strong>de</strong>s ao serem medidas em filmes por limitações dimensionais. A<br />

capacida<strong>de</strong> calorífica é uma proprieda<strong>de</strong> intrínseca do material; já a massa específica e a<br />

difusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m tanto do material quanto da estrutura.<br />

A Equação 2.29 é válida para materiais i<strong>de</strong>almente <strong>de</strong>nsos, não levando em<br />

consi<strong>de</strong>ração que os TBC são caracterizados por gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> porosida<strong>de</strong> que<br />

influencia tanto na massa específica quanto na difusivida<strong>de</strong>. O formato, a quantida<strong>de</strong> e a<br />

orientação das porosida<strong>de</strong>s, com relação ao fluxo <strong>de</strong> calor, têm um efeito muito gran<strong>de</strong><br />

na condutivida<strong>de</strong> térmica. Em adição, percentagem das diversas fases e estequiometria<br />

também têm gran<strong>de</strong> influência, especialmente no caso <strong>de</strong> TBC à base <strong>de</strong> zircônia [83].<br />

2.13 Camada <strong>de</strong> Ligação (MCrAlY)<br />

Entre a camada cerâmica e o <strong>substrato</strong> <strong>metálico</strong> é necessária a utilização <strong>de</strong> uma<br />

camada metálica intermediária que atua como um revestimento <strong>de</strong> ligação e também<br />

como uma proteção contra oxidação e corrosão do <strong>substrato</strong> [5, 9, 23], pois a zircônia é<br />

essencialmente transparente para o oxigênio em altas temperaturas [84].<br />

A função da camada <strong>de</strong> ligação é, essencialmente, promover uma boa a<strong>de</strong>são da<br />

camada cerâmica com o <strong>substrato</strong> <strong>metálico</strong> (normalmente uma superliga à base <strong>de</strong><br />

níquel) e proteger o <strong>substrato</strong> contra a oxidação. Para tanto, <strong>de</strong>ve-se ter um coeficiente<br />

<strong>de</strong> expansão térmica compatível. A camada <strong>de</strong> ligação também contribui para a inibição<br />

da oxidação e promove uma boa estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> difusão com o <strong>substrato</strong> [12, 26].<br />

A camada <strong>de</strong> ligação <strong>de</strong>ve ter um alto teor <strong>de</strong> alumínio, servindo como um<br />

reservatório para a formação do óxido <strong>de</strong> alumínio durante um longo período <strong>de</strong> tempo,<br />

sem que ocorram perdas <strong>de</strong> alumínio da superliga à base <strong>de</strong> níquel do <strong>substrato</strong> [85].<br />

84

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