a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...
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o ambiente físico, como também os aspectos sociais influenciam no <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
nossas sensações e percepções ambientais, pois estes estão entrelaçados.<br />
Nas crianças, seus comportamentos são influenciados pelos dois ambientes – o físico e o social<br />
fornecidos pelos adultos, que o organizam <strong>de</strong> acordo com os seus objetivos pessoais, explícitos<br />
ou implícitos. Por outro lado, a criança participa ativamente <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento através<br />
<strong>de</strong> suas relações em seus contextos ambientais; a criança explora, <strong>de</strong>scobre e inicia ações em<br />
seu ambiente; seleciona parceiros, objetos e áreas para suas ativida<strong>de</strong>s, mudando o ambiente<br />
através <strong>de</strong> seus comportamentos, pois quanto menor a criança, maior será a sua sensibilida<strong>de</strong><br />
para a organização do espaço a sua volta.<br />
Nos dias atuais, temos convivido com situações <strong>de</strong>correntes da pouca oportunida<strong>de</strong> que muitas<br />
crianças vivenciam em relação ao contato com a natureza, questão primordial para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da percepção ambiental, para a educação ambiental. O contato com a<br />
natureza contribui para a estimulação da curiosida<strong>de</strong> da criança. Desta maneira é importante<br />
utilizar a vegetação e a própria paisagem (árvores, grama, água, gravetos, folhas, flores, frutos,<br />
animais, terreno com <strong>de</strong>snível do solo, lugares com sombra, para sentar, entrar, ficar embaixo,<br />
escon<strong>de</strong>r, etc). Como local e material para as brinca<strong>de</strong>iras, propiciando oportunida<strong>de</strong>s para a<br />
aprendizagem e estimulação dos sentidos e percepções diversas. Essa leitura é <strong>de</strong>terminada<br />
conforme o pensamento <strong>de</strong> Carvalho (2004, p.75) “em gran<strong>de</strong> parte pelas condições<br />
históricas e culturais, ou seja, pelo contexto que vai situar o sujeito e ao mesmo tempo<br />
disponibilizar sentidos para que a leitura se torne possível e plausível”.<br />
Brandão (2002, p.16) também refere-se à cultura dizendo que “eu me vejo como um ser da<br />
natureza, mas me penso como um sujeito da cultura. Como alguém que pertence também ao<br />
mundo que a espécie humana criou para apren<strong>de</strong>r a viver”.<br />
Tais consi<strong>de</strong>rações nos levam à reflexões muito promissoras sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stes<br />
modos <strong>de</strong> fazer uma leitura ambiental. Assim, com certeza a percepção ambiental das crianças<br />
ultrapassará a visão naturalista <strong>de</strong> meio ambiente, até hoje presente e servindo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo para<br />
práticas educativas e outros projetos e programas. Este tipo <strong>de</strong> visão ten<strong>de</strong> a ver a natureza<br />
enfatizada pelo seu aspecto biológico, equilibrada, estável em suas interações ecossistêmicas,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da interação com o mundo cultural.<br />
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