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a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

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centro calmo <strong>de</strong> valores estabelecidos, assim, os seres humanos necessitam <strong>de</strong> espaço e <strong>de</strong><br />

lugar.<br />

Espaço, para Tuan (1983, p.65-66) é<br />

Sem dúvida, mais do que um ponto <strong>de</strong> vista ou um sentimento complexo e fugaz. É<br />

uma condição para a sobrevivência biológica. Mas a questão <strong>de</strong> quanto espaço um<br />

homem necessita para viver confortavelmente não tem resposta simples. O espaço<br />

como recurso é uma apreciação cultural. O nível <strong>de</strong> aspiração, sem dúvida afeta o<br />

que cada um consi<strong>de</strong>ra como espaço a<strong>de</strong>quado [...]. O espaço é recurso que produz<br />

riqueza e po<strong>de</strong>r quando a<strong>de</strong>quadamente explorado, é símbolo <strong>de</strong> prestígio.<br />

No entanto, quando o espaço nos é inteiramente familiar, torna-se lugar e o espaço associado<br />

ao tempo, ganha subjetivida<strong>de</strong> ao serem orientados pelo homem. A cada tipo <strong>de</strong> construção<br />

(por exemplo) edificações <strong>de</strong> cada período histórico, <strong>de</strong>monstra o planejamento do espaço pelo<br />

homem e para o homem, diferenciados pelas condições sociais e suas relações. As pessoas<br />

pobres não vivem em casas e bairros planejados por elas, a estrutura física e o espaço<br />

construído não reflete as idéias dos moradores, mas estes moradores conseguem mesmo assim,<br />

atribuir sentimentos a estes espaços e transformá-los em lugar, com significados próprios do<br />

seu modo <strong>de</strong> vida.<br />

Para a criança bem pequena, o seu espaço é bastante reduzido – o berço e imediações. À<br />

medida que se iniciam outras ativida<strong>de</strong>s corporais, como rastejar, engatinhar, andar, ela vai<br />

construindo novas modalida<strong>de</strong>s ampliadas do espaço, com a utilização dos órgãos dos<br />

sentidos. Neste momento, a presença do adulto é <strong>de</strong> extrema importância, pois irá favorecer o<br />

reconhecimento <strong>de</strong> outros espaços pela criança, sendo que, a princípio o espaço da criança é o<br />

espaço do adulto. Quanto à questão Tuan (1983, p.27-30) nos aponta que:<br />

[...] a criança pequena tão logo apren<strong>de</strong> a andar, quer ir atrás da mãe e explorar o<br />

ambiente <strong>de</strong>la. Quando caminha gasta a maior parte do seu tempo aproximando-se<br />

ou distanciando-se <strong>de</strong> sua mãe. Os objetos e os acontecimentos no meio ambiente<br />

não parecem afetar a maneira como a criança se move [...] a criança pequena está<br />

mais preocupada com as coisas em si, do que com as suas relações espaciais.<br />

Assim, a criança possui apenas uma relação <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e permanência, em que a presença<br />

dos pais, principalmente a da mãe representa esta estabilida<strong>de</strong> e proteção. Esta situação <strong>de</strong><br />

apego, posteriormente, será transferida a objetos e ambientes, <strong>de</strong>ntro da própria casa ou em<br />

outros <strong>de</strong> convivência da criança, contudo, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter como referência um adulto, pois<br />

é constante a associação que costumam fazer dos lugares com as pessoas.<br />

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