a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...
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2- O Humano - O homem não está em seu mundo circundante como um objeto preso a<br />
algum lugar, simplesmente num ambiente. Ele mora ou “habita” no mundo, que para<br />
ele se abre com muitas possibilida<strong>de</strong>s, não apenas por po<strong>de</strong>r se locomover <strong>de</strong> um lado<br />
para outro, mas, também em virtu<strong>de</strong> da consciência que possui das situações que já<br />
vivenciou, está vivenciando e ainda po<strong>de</strong>rá vivenciar.<br />
O Homem precisa, essencialmente, adaptar-se ao mundo circundante, mas está sempre<br />
tentando e, <strong>de</strong> certo modo, chega a conseguir exercer alguma ação sobre a natureza e o<br />
seu próprio corpo. Assim, ele exerce algum controle sobre seus instintos, e domestica<br />
animais, cultiva plantas, nivela planaltos, represa águas, elabora objetos que lhe<br />
servem <strong>de</strong> utensílios; usa e abusa da natureza, com o intuito <strong>de</strong> viver melhor.<br />
Porém, a ação e controle sobre o mundo circundante que o homem consegue obter<br />
acontece <strong>de</strong> uma forma temporária e relativa, pois tanto a natureza como o seu próprio<br />
corpo mantém um certo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> se impor ao homem. Isto po<strong>de</strong> ser verificado por<br />
suas qualida<strong>de</strong>s materiais e biológicas, e, também, nos dramáticos acontecimentos da<br />
natureza como os terremotos, os tufões, e na própria morte, contra a qual o homem<br />
nada po<strong>de</strong> fazer.<br />
3- O mundo próprio – caracteriza-se pela significação que as experiências têm para a<br />
pessoa, e pelo conhecimento <strong>de</strong> si e do mundo; sua função peculiar é o pensamento,<br />
consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> um modo amplo que abrange todas as funções mentais como o<br />
entendimento, o raciocínio, a memória, a imaginação, a reflexão, a intuição e a<br />
linguagem. Linguagem e pensamento encontram-se essencialmente ligados“.<br />
Com isso, po<strong>de</strong>mos concluir que precisamos do mundo para sabermos on<strong>de</strong> estamos<br />
e quem somos. Ser e mundo, sujeito e objeto, não são dois absolutos essencialmente<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, mas necessariamente ligados em uma relação intrínseca, pois, as<br />
coisas não po<strong>de</strong>m ser sem o homem e o homem não po<strong>de</strong> ser sem as coisas que<br />
encontra (HEIDIGGER, 1971, p.41).<br />
E ainda, que a percepção do mundo, do ser, do objeto, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das coisas e <strong>de</strong> nosso corpo,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos nossos sentidos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do exterior e do interior. A percepção é uma conduta<br />
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