16.04.2013 Views

a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

mais pobres ou distantes ainda eram tratadas como largos e terreiros, sem projetos ou<br />

qualquer cuidado urbanístico.<br />

As transformações socioeconômicas ocorridas com a implantação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção<br />

industrial a partir da segunda década do século XX, contribuíram para a expansão dos núcleos<br />

urbanos brasileiros, atraindo para as cida<strong>de</strong>s, gran<strong>de</strong>s contingentes populacionais em busca <strong>de</strong><br />

trabalho, gerando novas adaptações da antiga cida<strong>de</strong> à nova conjuntura.<br />

Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sta expansão, o preço da terra urbana – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1850, sob o regime <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong> absoluta – tornou-se mais elevado em função da <strong>de</strong>manda ser maior que a oferta,<br />

tornando os espaços urbanos cada vez mais escassos. O loteamento urbano alterou<br />

significativamente o modo <strong>de</strong> estruturação do espaço livre. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruas para a<br />

passagem <strong>de</strong> veículos entre as edificações do entorno alterou a relação da <strong>praça</strong> com a<br />

comunida<strong>de</strong>, adquirindo outros significados na cida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna. Robba e Macedo (2003, p.35)<br />

completam este pensamento dizendo que:<br />

169<br />

A partir da década <strong>de</strong> 1940, sob forte influência <strong>de</strong> arquitetos paisagistas mo<strong>de</strong>rnos,<br />

como Roberto Burle Marx, Thomas Church e Garret Eckbo, começam a aparecer os<br />

primeiros sinais <strong>de</strong> mudança na concepção <strong>de</strong> espaços livres da cida<strong>de</strong> brasileira,<br />

com a alteração <strong>de</strong> seu programa <strong>de</strong> uso. Parques e Praças passaram a englobar em<br />

seus programas, o lazer ativo, principalmente as ativida<strong>de</strong>s esportivas e a recreação<br />

infantil, seguindo o exemplo dos jardins particulares, que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser projetados<br />

como uma moldura da edificação principal, on<strong>de</strong> o morador contemplava a natureza,<br />

para serem planejados como área <strong>de</strong> lazer ativo, integrada à casa. Surgem, então, os<br />

jardins particulares e posteriormente nas áreas públicas, equipamentos como quadras<br />

para a prática esportiva, brinquedos para a recreação das crianças e churrasqueiras.<br />

Observa-se, também, que neste contexto <strong>de</strong> transformações em que se acentuam o<br />

a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> áreas centrais e a expansão dos limites periféricos da malha urbana, os<br />

espaços livres públicos reafirmaram-se como opção <strong>de</strong> área <strong>de</strong> lazer para a cida<strong>de</strong>. As <strong>praça</strong>s,<br />

agora espalhadas por todos os bairros, representam elementos necessários para a vida na<br />

cida<strong>de</strong>, tornando-se objeto <strong>de</strong> interesse político.<br />

As <strong>praça</strong>s adquirem várias e distintas funções, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da sua localização, como abordam<br />

Robba e Macedo (2003, p.35):<br />

1- “Em áreas centrais - a <strong>praça</strong> é alternativa naturalista para a amenização das<br />

condições climáticas, da qualida<strong>de</strong> do ar e insolação. Além <strong>de</strong> espaço <strong>de</strong>stinado ao

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!