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a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

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Elkind (2004, p.52) cita em seu livro “Sem Tempo para ser Criança: a infância estressada”<br />

três fontes particulares <strong>de</strong> estresse vivenciadas pelos pais também, que florescem<br />

dramaticamente nos últimos anos:<br />

1- Estamos com mais medo – a ameaça da violência, do roubo e da intimidação.<br />

2- Estamos mais sozinhos – embora algumas pessoas optem por viver sozinhas e se<br />

sintam mais à vonta<strong>de</strong> na solidão, há pessoas hoje vivendo sozinhas porque não<br />

conseguem encontrar um parceiro a<strong>de</strong>quado.<br />

3- Estamos mais inseguros profissionalmente – as ameaças <strong>de</strong> reestruturação do<br />

<strong>de</strong>semprego tecnológico, a inflação, a recessão, a elevação dos preços, etc, são<br />

prevalentes.<br />

Estas três fontes <strong>de</strong> estresse, com precisão, ilustram as pressões cotidianas enfrentadas pelos<br />

pais e que refletem nas crianças, <strong>de</strong> forma a se sentirem pressionadas a se adaptarem às<br />

necessida<strong>de</strong>s, horários, interesses e perspectivas dos adultos.<br />

Costumeiramente, temos ouvido a angústia <strong>de</strong> muitas mães (estudantes, trabalhadoras) que<br />

remetem a lembrança a suas infâncias, quando os pais sentiam-se à vonta<strong>de</strong> para dizer aos<br />

filhos para sair e brincar. Havia um espaço imenso para as ativida<strong>de</strong>s das crianças; também<br />

havia menos preocupação com a violência, com raptos, com “drogas”. As crianças eram<br />

muito mais criativas. Hoje, elas reproduzem o que assistem na televisão que, por sua vez,<br />

representa um apelo especial para as crianças pequenas influenciando-as através da<br />

propaganda, na maneira <strong>de</strong> brincar e se comportar. Este registro, embora saudosista, ilustra<br />

uma condição que muitas vezes estão impressas em nosso querer <strong>de</strong> adultos, que a infância<br />

das crianças <strong>de</strong> hoje, seja igual a que tivemos, sem, contudo, levar em consi<strong>de</strong>ração que a<br />

socieda<strong>de</strong> hoje é outra, os comportamentos, valores e atitu<strong>de</strong>s, também são outros.<br />

O fato é que chegamos ao século XXI, assumindo e partilhando certos modos <strong>de</strong> olhar e<br />

pensar a infância. Os pensamentos são emoldurados, muitas vezes, pelas lindas imagens das<br />

fotografias apresentadas pelos calendários do UNICEF, por exemplo. São fotos <strong>de</strong> crianças do<br />

mundo inteiro com suas famílias, brinca<strong>de</strong>iras olhares e sorrisos, alegres, tranqüilas, <strong>de</strong>senhos<br />

coloridos. Por outro lado, Sebastião Salgado também fotografa crianças do mundo inteiro, em<br />

preto e branco. É um outro modo <strong>de</strong> fotografar outros modos <strong>de</strong> ser criança. Cabelos<br />

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