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a praça Dr. Chave, Montes Claros - Instituto de Geografia ...

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da fase puramente gráfica e plástica, mas, por influência <strong>de</strong>sse passou a ser consi<strong>de</strong>rada<br />

também como gestual e musical.<br />

O <strong>de</strong>senho é, pois, uma representação gráfica <strong>de</strong> formas, sejam elas coloridas ou não.<br />

Encontramos no dicionário Aurélio, <strong>de</strong> Língua Portuguesa (1986, p.559) a seguinte <strong>de</strong>finição:<br />

123<br />

Desenho (s.m) é a representação <strong>de</strong> formas sobre uma superfície, por meio <strong>de</strong><br />

linhas, pontos e manchas, com objetivo lúdico, artístico, científico ou técnico. É<br />

a arte e a técnica <strong>de</strong> representar com lápis, pincel, pena, etc, um tema real ou<br />

imaginário, expressando a forma [...] é um traçado, risco, projeto, plano.<br />

É, portanto, uma expressão <strong>de</strong> linguagem inerente ao homem. Des<strong>de</strong> criança, o homem<br />

procura comunicar-se com o mundo, primeiro por meio do choro, <strong>de</strong>pois gestos, e aos poucos,<br />

vai conquistando seu próprio espaço através <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> expressão. E um <strong>de</strong>sses códigos<br />

manifestados por todas as crianças é o <strong>de</strong>senho.<br />

A história nos aponta também e pesquisadores comprovaram que o grafismo infantil muito se<br />

assemelha aos <strong>de</strong>senhos encontrados nos interiores das cavernas, feitos na pré-história.<br />

Verificam-se analogias entre a arte primitiva e infantil, pois nessas produções encontam-se<br />

transparências, plano <strong>de</strong>itado e imagem <strong>de</strong> figura humana esquematizada.<br />

Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar os estudos sobre o <strong>de</strong>senho da criança, recentes, em <strong>de</strong>corrência da<br />

utilização <strong>de</strong> superfícies utilizadas para a escrita ou <strong>de</strong>senho. Antigamente - o papiro, pele <strong>de</strong><br />

animais ou mesmo o papel - eram escassos. As crianças não tinham acesso a esses materiais<br />

<strong>de</strong>vido ao alto custo. A partir do avanço tecnológico e o barateamento do papel e lápis, foi que<br />

o <strong>de</strong>senho da criança apareceu. Antes disso as crianças <strong>de</strong>senhavam, mas em superfícies que<br />

não ficaram intactas através dos tempos. Somente a partir do século XX, é que o <strong>de</strong>senho<br />

infantil foi realmente <strong>de</strong>scoberto por pedagogos, sociólogos e pela estética, e estes<br />

diversificaram suas idéias e opiniões acerca da questão.<br />

Para estes estudiosos, o grafismo infantil contribuiu e ainda contribui para análises, para<br />

investigações do estado psicológico da criança. Na Psicanálise, o <strong>de</strong>senho substitui a fala,<br />

dando subsídios para que o psicanalista compreenda melhor o seu paciente. Serve ainda como<br />

medida terapêutica, pois durante o ato <strong>de</strong> criar, po<strong>de</strong>rá ocorrer um processo <strong>de</strong> libertação sem

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