Moças – Manual 2 - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
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“Há alguns anos, quase ao anoitecer, algo aconteceu a um grupo de maravilhosas jovens.<br />
Antes daquela tarde, elas haviam passado horas fazendo bolachinhas, experimentando<br />
receitas novas, planejando programas, escrevendo canções, consolidando amizades e<br />
“batendo grandes papos”—pelo que me lembro, falando muito mais do que ouvindo.<br />
Qualquer observador concordaria que era uma atividade envolvente, mas poder-se-ia<br />
também perguntar qual era o princípio que estava sendo ensinado.<br />
No dia designado, todos os planos para entrega dos biscoitos e apresentação do<br />
programa foram executados conforme combinado, entre risadas, alegria e o entusiasmo<br />
da juventude, todas desejando participar ativamente. A única falha do programa foi<br />
sobrarem vários pacotes de bolachas. Agora, a questão era o que fazer com tudo que<br />
havia sobrado! Diversas sugestões foram feitas imediatamente: ‘Poderíamos comê-los,<br />
dá-los aos escoteiros ou vendê-los.”<br />
Então ouviu-se a voz da presidente da classe, sobressaindo-se às demais, num tom mais<br />
compenetrado: ‘Já sei o que fazer. Vejamos se existe algum asilo de velhos pela<br />
redondeza. Provavelmente eles não têm bolachas.’ Deram um telefonema, marcaram o<br />
dia da entrega, e um grupo de jovens chegou à porta principal do asilo—agora um pouco<br />
menos entusiasmadas com o que lhes parecera uma grande idéia. A porta se abriu e cada<br />
jovem tentou desajeitadamente empurrar a outra para frente, para não ser a primeira a<br />
entrar. Houve um momento de tensão em que muitas pensaram: ‘Por que viemos?’ Três<br />
jovens colocaram rapidamente os sacos de bolachas sobre uma velha mesa, que parecia<br />
ser a única peça do mobiliário naquele aposento, além das camas e cadeiras de rodas<br />
ocupadas pelos pacientes.<br />
Quando as jovens começaram a cantar uma das canções que haviam preparado, com a<br />
doçura peculiar à juventude, um ou dois ombros se levantaram de uma posição de<br />
abatimento que parecia ser permanente. Alguns pacientes em cadeiras de rodas foram<br />
levados mais perto pelos outros. As jovens continuaram a cantar, ganhando um pouco<br />
mais de coragem à medida que a recepção se fazia mais calorosa.<br />
Um milagre estava acontecendo naquele momento. Os semblantes gradualmente foram<br />
mudando nos rostos idosos. Havia mudança de expressões e olhos que se enchiam de<br />
água, quando as jovens iniciavam uma nova canção. Desta vez, juntaram-se em coro e<br />
cantarolaram uma melodia familiar, enquanto uma estudante estrangeira cantava a letra<br />
em alemão. Somente então um corpo curvado pelo cansaço achegou-se à beira da cama<br />
que se via no aposento contíguo, através da porta aberta e, levantado a cabeça, começou a<br />
cantar, num tom suave mas audível, aquela música em seu idioma nativo.<br />
As cabeças se voltaram, olhos encheram-se de lágrimas, corações foram tocados e vidas<br />
modificadas. Algumas palavras de apreço foram pronunciadas, e um grupo diferente de<br />
jovens desceu, quase com reverência, os degraus daquele edifício. Oh, os sentimentos<br />
agradáveis que essas jovens partilharam durante a viagem de volta! Uma delas, no tom<br />
inquiridor, perguntou: ‘Que foi que aconteceu? Nunca me senti assim em toda minha<br />
vida!’ E outra disse, quase num sussurro: ‘Quando faremos isto outra vez?’ Minhas<br />
alunas e eu experimentamos naquele dia a mensagem de João: ‘Se alguém quiser fazer a<br />
vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de mim<br />
mesmo’ (João 7:17.) Naquele momento, estávamos vivendo um dos princípios do<br />
evangelho de maneira cristã e ansiávamos por mais.<br />
Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus. Nós<br />
estávamos a serviço Dele, e sentimos Sua presença.” [Ardeth G. Kapp, “My Girls Taught<br />
Me a Principle <strong>of</strong> the Gospel” (“Minhas <strong>Moças</strong> Ensinaram-me um Princípio do Evangelho”),<br />
comp. por Leon Hartshorn, 2 vols. (Cidade do Lago Salgado: Deseret Book Co., 1973<strong>–</strong>75),<br />
2:125<strong>–</strong>27.]<br />
História A construção do Templo de Jordam River envolveu jovens da Estaca de Draper Utah<br />
num serviço dedicado e recompensador durante seis meses no templo. Por vários meses,<br />
antes da abertura do templo, as jovens e suas líderes ocuparam-se da confecção de<br />
brinquedos e outros artigos para o centro infanto-juvenil do templo: fizeram uma casa de<br />
bonecas com mobília e bonecas; uma mesinha com quatro cadeiras; um bercinho pintado;<br />
muitos livros de história, livros feitos de pano e quebra-cabeças; várias sacolas de blocos;<br />
muitos animais e bonecas est<strong>of</strong>ados e muitos cobertores, alm<strong>of</strong>adas e mantas para bebês.<br />
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