Moças – Manual 2 - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
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História Peça às alunas que meditem por que a vida humana é tão importante, enquanto lê a<br />
seguinte história:<br />
“Meu nome é Cindy. Sou muito risonha e gosto de flores, cães e gatos, embora meu pai<br />
diga que eu os amo um pouco demais. Gosto de soprar velas de bolos de aniversário.<br />
Atualmente estou com vinte anos. Assisto aos desenhos do Mickey e a outros desenhos<br />
animados da televisão. Sei amarrar os sapatos sozinha. Fico feliz quando vejo as pessoas<br />
sorrindo, e rio também.<br />
Querem saber o que mais me faz sorrir? Quando minha mãe me conta que me chamava<br />
de sua pequena boneca de porcelana—eu era então apenas um bebê. Não me lembro de<br />
muita coisa a respeito daquela época, mas recordo de alguns meninos mexendo comigo e<br />
fazendo caretas, e minha mãe chorando, apertando-me nos braços e enxotando os<br />
meninos. Ainda não consigo compreender aquilo.<br />
Sei subir bem alto no balanço e gosto de tomar banho de chuveiro e deixar a água correr<br />
pela cabeça.<br />
Lembro-me de quando meu pai trabalhava à noite na nova capela e me levava consigo.<br />
Ele era o bispo da ala. Ele me deu um pequeno balde, no qual eu punha algumas coisas.<br />
Meu pai me colocava sobre os ombros quando voltávamos para casa. Aquilo também me<br />
fazia rir.<br />
‘Cindy está ajudando a construir a capela’, dizia ele à minha mãe, colocando-me no chão.<br />
‘A capela também é dela.’<br />
Aquilo me fazia sentir tanta alegria, que às vezes pensava que ia explodir, mas por mais<br />
que eu tentasse, não conseguia falar corretamente, e minha mãe se entristecia e saía de<br />
perto de mim. Eu também ficava triste, porque eles não conseguiam entender o que eu<br />
estava dizendo.<br />
Andei a cavalo e fui ao circo. Fiquei com medo do elefante grande, mas não dos palhaços.<br />
Eles caíam e me faziam rir.<br />
Lembro-me de quando um homem desconhecido veio à nossa casa, quando a capela<br />
ficou pronta. Ele era de Lago Salgado.<br />
‘Ele é um apóstolo de Deus’, disse meu pai. Fiquei encarando-o e belisquei-lhe o braço até<br />
que minha mãe me afastou dele.<br />
‘Não incomode o irmão Kirkham, Cindy’, disse ela.<br />
‘Tudo bem, irmã Abbott’, disse ele, piscando e colocando-me no colo. Pôs a mão sobre a<br />
minha.<br />
‘Cindy não me está incomodando’. Ele sorriu e eu senti algo cálido dentro de mim.<br />
‘Irmão e irmã Abbott, este espírito é tão especial à vista de Deus’, continuou ele, ‘que foi<br />
enviado à Terra para receber um corpo mortal de maneira que não pudesse ser tentado<br />
por este mundo. Ela voltará à presença de Deus tão pura quanto chegou aqui. Vocês<br />
foram escolhidos para cuidar deste espírito especial. Tentem compreendê-la, pois ela<br />
certamente está de mãos dadas com Deus.’<br />
Após a partida do apóstolo, minha mãe não mais chorava tanto e meu pai começou a<br />
assobiar. As crianças nunca mais caçoaram de mim. Eles me tomavam pela mão e diziam<br />
‘Venha brincar conosco, Cindy.’<br />
Uma vez segui as crianças até a escola, mas não me deixaram ficar, e então minha mãe<br />
comprou um livro de gravuras para mim. Nele havia retratos de Joseph Smith, Oliver<br />
Cowdery e Brigham Young, e eu olhava muito para eles, enquanto minha mãe me<br />
contava as histórias. Algumas vezes, durante a noite, eu pensava no livro e tentava<br />
recordar o que ela dissera.<br />
Na Igreja, quando ouvia mencionarem um nome, eu procurava o retrato em meu livro e<br />
puxava a manga do vestido de minha mãe.<br />
‘Muito bem, Cindy’, dizia ela sorrindo.<br />
Eu queria levantar-me na reunião de testemunho e dizer a todos que também sabia que a<br />
Igreja era verdadeira, mas, quando tentava levantar-me, meus pais me seguravam.<br />
‘As crianças rirão de você, Cindy’, diziam eles. Eu chorava até minha mãe me levar para<br />
fora.<br />
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