17.04.2013 Views

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

20 Aquisição e Processamento <strong>de</strong> Sons Crepitantes<br />

Figura 2.10: (a) Partes integrantes do estetoscópio acústico. Diafragma:<br />

membrana rígida colocada sobre o paciente; Campânula: receptor acústico que,<br />

juntamente com o diafragma, amplifica os sons respiratórios; Tubo em Y:<br />

conduz o som amplificado até os extensores; Extensores: conduzem o som até o<br />

ouvido; Olivas: ajuste do aparelho no canal auditivo; (b) Banda passante típica<br />

<strong>de</strong> estetoscópio (WEBSTER, 1998).<br />

Apesar <strong>de</strong> seu largo emprego, o estetoscópio apresenta diversas<br />

limitações. As características acústicas <strong>de</strong>ste instrumento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do<br />

diafragma e das dimensões do receptor (campânula). Como toda<br />

membrana, o diafragma possui uma frequência ótima <strong>de</strong> ressonância, ou<br />

seja, mínima impedância à vibração. A frequência <strong>de</strong> ressonância do<br />

diafragma é alterada quando o mesmo é tensionado. Assim, pressionar a<br />

campânula contra o tórax do paciente faz o estetoscópio atingir maiores<br />

frequências <strong>de</strong> ressonância, melhorando a ausculta <strong>de</strong> sons mais agudos.<br />

Caso a campânula não possua diafragma, a pele acaba atuando como<br />

uma membrana, sendo também, sujeita aos efeitos da pressão <strong>de</strong><br />

aplicação.<br />

A interpretação dos sons nos pontos auscultados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da acuida<strong>de</strong><br />

auditiva do especialista, da sua experiência e do ouvido humano que não<br />

é muito sensível à banda passante dos estetoscópios, sendo que esta não<br />

é plana (Figura 2.10.b).<br />

2.9 Sons Respiratórios<br />

Em 1819, Laennec publicou um tratado no qual correlacionou os sons<br />

auscultados com os diagnósticos obtidos em necropsias, estabelecendo<br />

relação entre sons e enfermida<strong>de</strong>s, tais como: e<strong>de</strong>ma pulmonar,<br />

pneumonia, tuberculose, bronquite, bronquiectasia, enfisema pulmonar,<br />

pneumotórax, estenose mitral e outras (GARCIA, 2002).<br />

Ao longo dos anos, a <strong>de</strong>scrição dos sons realizada por Laennec foi<br />

traduzida para vários idiomas, ocasionando o aparecimento <strong>de</strong> diferentes<br />

terminologias para <strong>de</strong>screver os sons respiratórios. Isto tem dificultado o<br />

ensino e a troca <strong>de</strong> informações entre especialistas.<br />

Para superar estas limitações, em 1987, a ILSA (International Lung<br />

Sounds Association) propôs a adoção <strong>de</strong> uma nomenclatura que vem<br />

sendo utilizada internacionalmente (MIKAMI et al., 1987).<br />

Daniel Ferreira da Ponte

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!