17.04.2013 Views

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

Tese de Doutorado

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 2<br />

O CORSA não estabelece o exato valor para a frequência <strong>de</strong> corte (fc)<br />

do filtro passa-altas (PA) a ser utilizado, sendo que o mesmo influencia<br />

o valor <strong>de</strong> IDW e 2CD (Figura 2.12). KARP et al. (1991) analisaram o<br />

efeito do PA na morfologia do som crepitante, encontrando uma redução<br />

do IDW <strong>de</strong> 2 , 2 ± 0,<br />

6 ms para 0 , 8 ± 0,<br />

2 ms com aumento da sua<br />

frequência <strong>de</strong> corte. YEGINER et al. (2007) também avaliaram este<br />

fator, concluindo sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>terminar a melhor<br />

frequência que elimine ruídos, preservando as características temporais<br />

do som crepitante. Assim, a frequência <strong>de</strong> corte do filtro PA dos<br />

sistemas utilizados <strong>de</strong>ve ser também observada antes <strong>de</strong> se comparar os<br />

resultados <strong>de</strong> diferentes laboratórios.<br />

Pesquisadores têm também buscado caracterizar os sons crepitantes<br />

gerados pelas diferentes enfermida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> parâmetros obtidos da<br />

sua análise espectral. Para <strong>de</strong>terminar as componentes <strong>de</strong> frequência<br />

características <strong>de</strong> cada enfermida<strong>de</strong>, trechos <strong>de</strong> crepitações foram<br />

analisados com aplicação da transformada discreta <strong>de</strong> Fourier.<br />

Para a fibrose, KUDOH et al.(1977) apontam que as crepitações<br />

possuem frequência máxima <strong>de</strong> 2 a 5 kHz. DALMASSO et al. (1984)<br />

reportaram crepitações com frequências entre 0,1 e 2 kHz na fibrose,<br />

mas ressaltaram que a maior parte da energia do sinal encontrava-se<br />

abaixo <strong>de</strong> 1 kHz. SOVIJÄRVI et al. (2000a) apontam que crepitações<br />

possuem componentes entre 0,1 a 2 kHz, sendo sua duração inferior a<br />

20ms.<br />

PIIRILÄ et al. (1991) investigaram o espectro <strong>de</strong> crepitações captados<br />

em pacientes com diagnóstico <strong>de</strong> DPOC, bronquiectasia, fibrose<br />

alveolar e insuficiência cardíaca. PIIRILÄ (1992) estabeleceu o<br />

conteúdo <strong>de</strong> frequência <strong>de</strong> crepitações <strong>de</strong> pneumonia, tendo <strong>de</strong>tectado<br />

frequências inferiores a 1 kHz. A Tabela 2.7 apresenta os resultados<br />

obtidos por estes dois trabalhos que buscam estabelecer a relação entre a<br />

enfermida<strong>de</strong> e conteúdo espectral do som crepitante.<br />

POSTIAUX (2004) propõe classificar os sons crepitantes em função <strong>de</strong><br />

sua máxima frequência, adotando como tal, a componente que se<br />

encontra atenuada <strong>de</strong> 10% em relação ao valor <strong>de</strong> máxima amplitu<strong>de</strong> do<br />

som crepitante (Tabela 2.8). Contudo, este autor não relacionou a<br />

doença com o conteúdo espectral como PIIRILÄ et al.(1991) fizeram.<br />

Daniel Ferreira da Ponte<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!