Tese de Doutorado
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Capítulo 2<br />
amostragem, o número <strong>de</strong> pontos da DFT, se houve promediação do<br />
espectro e o número <strong>de</strong> ciclos inspiratórios e expiratórios analisados.<br />
Assumiu-se, portanto, que a DFT foi aplicada diretamente nos 200ms <strong>de</strong><br />
sinal com uso <strong>de</strong> janela retangular. Os sons foram gravados em um<br />
gravador FM (TEAC MR-10). O autor observa que as componentes<br />
espectrais <strong>de</strong> maior magnitu<strong>de</strong> (0dB) correspon<strong>de</strong>m às baixas<br />
frequências. Estas eram similares em indivíduos saudáveis e pacientes.<br />
O trabalho não especifica a largura <strong>de</strong> banda com magnitu<strong>de</strong> em 0dB.<br />
Para as frequências mais altas, com magnitu<strong>de</strong> na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> -20dB,<br />
alterações significativas foram observadas.<br />
No pulmão comprometido, as frequências com magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> -20dB<br />
encontram-se em 423 (±64) Hz; no pulmão saudável, em 306 (±58) Hz.<br />
Como as informações sobre a resposta em frequência do sistema <strong>de</strong><br />
captação (interface tórax-campânula) não foram apresentadas (Seção<br />
2.12), não é possível afirmar, contudo, que não existam componentes<br />
acima <strong>de</strong> 423 (±64) Hz. Portanto, maiores informações sobre o sistema<br />
<strong>de</strong> aquisição dos dados e sobre o processamento, po<strong>de</strong>riam permitir a<br />
proposição <strong>de</strong> técnicas para melhor i<strong>de</strong>ntificação dos grupos. Estas<br />
análises po<strong>de</strong>m estar sendo comprometidas pela característica passabaixas<br />
da interface tórax-campânula ou pela baixa relação SNR.<br />
Portanto, sistemas capazes <strong>de</strong> captar uma banda <strong>de</strong> frequência maior são<br />
necessários. A Seção 3.3 e o Capítulo 4 discutem técnicas para superar<br />
essas limitações. Como mencionado, DFT é aplicada a um intervalo <strong>de</strong><br />
200ms <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um ciclo inspiratório. Consi<strong>de</strong>rando que o som<br />
crepitante tem duração média <strong>de</strong> 20ms, uma melhor estimativa espectral<br />
po<strong>de</strong> ser obtida com técnica a<strong>de</strong>quada para sinais não-estacionários.<br />
PIIRILÄ et al. (2000) no estudo <strong>de</strong> sons crepitantes em pacientes com<br />
abestoses (doença associada a inalação <strong>de</strong> partículas finas <strong>de</strong> asbesto que<br />
acarreta inflamação pulmonar e fibrose intersticial difusa) dividiu o<br />
espectro do sinal em segmentos com igual quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia. A<br />
metodologia propõe que as frações sejam representadas como medianas<br />
(50%), quartis (25%) ou alguma outra porcentagem <strong>de</strong> interesse. A<br />
porcentagem i estabelece os limites <strong>de</strong> um segmento específico <strong>de</strong> banda<br />
fi. A frequência f 50 divi<strong>de</strong> a energia do espectro em duas bandas iguais.<br />
Os quartis f25, f50<br />
e f 75 divi<strong>de</strong>m o espectro <strong>de</strong> energia em quatro<br />
bandas iguais. Desta forma, as diferentes faixas espectrais foram<br />
Daniel Ferreira da Ponte<br />
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