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MARCOS ANTONIO FERREIRA JÚNIOR - UCDB

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Alguns autores não consideram que a Escola Profissional de Enfermeiros e<br />

Enfermeiras tenha sido efetivamente o marco do início do ensino em enfermagem no Brasil,<br />

uma vez que, tendo sido idealizada e implantada por profissionais da medicina, foi<br />

profundamente marcada na sua organização didática e científica pelo modelo médico. Em<br />

outras palavras, não é reconhecida por não ter sido ministrada por profissionais que atuavam e<br />

sabiam delimitar exatamente os cuidados específicos da enfermagem, uma vez que o modelo<br />

médico é embasado na patologia, seu diagnóstico e tratamento e não, no cuidar.<br />

Na década de 1920, instituiu-se no Brasil, oficialmente, a primeira Escola de<br />

Enfermeiros do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), hoje Escola Ana Néri,<br />

dirigida pelo Dr. Carlos Chagas na ocasião, por visita à Fundação Rockfeller (EUA). Julgava<br />

oportuna a formação dos profissionais brasileiros e acreditava ser capaz de atender às<br />

necessidades urgentes de sanitarismo e de saúde pública, conseguiu a cessão de nove<br />

enfermeiras para estruturação do curso no Brasil, na expectativa de solucionar as inúmeras<br />

endemias e epidemias dos portos para escoamento da produção cafeeira da época<br />

(GERMANO, 2003, p.362).<br />

O currículo desse curso foi estabelecido pelo Decreto n o 16.300/23 que aprovou o<br />

regulamento do Departamento Nacional de Saúde Pública, em seu capítulo XIII, Artigo 393,<br />

compondo-o da seguinte forma:<br />

“Parte geral: princípios e métodos da arte de enfermaria; bases históricas,<br />

éticas e sociais da arte de enfermeira; anatomia e fisiologia; higiene individual;<br />

administração hospitalar; terapêutica farmacológica e matéria médica; métodos<br />

gráficos na ate de enfermeira; física e química aplicada; patologia elementar;<br />

parasitologia e microbiologia; cozinha e nutrição; área de enfermeira; higiene e<br />

saúde pública; radiologia; campo de ação da enfermeira – problemas sociais e<br />

profissionais. Parte especializada: serviço de saúde pública; serviço administrativo<br />

hospitalar; serviços de dispensários; serviços de laboratórios; serviços de salas de<br />

operações; serviço privado; serviço pediátrico” (BRASIL, 1974, p. 60 apud<br />

SANTOS, 2003, p. 362).<br />

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