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MARCOS ANTONIO FERREIRA JÚNIOR - UCDB

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Esse modelo seguia as orientações do currículo “guide” americano, que obrigava o<br />

oferecimento de residência às alunas, o que se tornou tradição na enfermagem brasileira até o<br />

advento da reforma universitária em 1972. Percebia-se, ainda, nesse modelo, uma formação<br />

direcionada a um grupo de elite, sendo as enfermeiras pertencentes às camadas sociais mais<br />

privilegiadas. O modelo era articulado ideologicamente com os interesses da classe<br />

dominante, dócil e servil aos médicos e priorizava o desempenho de técnicas e parcelamento<br />

do processo de trabalho (SANTOS, 2003, p. 362).<br />

A partir de 1950, com o crescimento industrial direcionado para o complexo médico<br />

e o aumento dos laboratórios de medicamentos, o foco de atenção para formação era mais<br />

tecnológico, e visava ao crescimento da assistência hospitalar, individualizada, o que reduziu<br />

a característica de saúde pública. Houve novamente a necessidade de mudança no currículo<br />

dos cursos de formação de enfermeiros, apresentada pelo Parecer n o 271/62, de 19.10.1962,<br />

que estabeleceu o curso de formação geral em três anos, mais um ano de especialização em<br />

saúde pública ou obstetrícia. Apresentavam-se da seguinte forma:<br />

“O curso geral foi formado por: fundamentos de enfermagem, enfermagem<br />

médica, enfermagem cirúrgica, enfermagem psiquiátrica, enfermagem obstétrica e<br />

ginecológica, enfermagem pediátrica, ética e história da enfermagem e administração.<br />

As especializações objetivaram formar o enfermeiro de saúde pública que cursaria:<br />

higiene, saneamento, bioestatística, epidemiologia, enfermagem em saúde pública, e<br />

formar a enfermeira obstétrica, que cursaria: gravidez, parto e puerpério; gravidez,<br />

parto e puerpério patológicos, assistência pré-natal, enfermagem obstétrica”<br />

(BRASIL, 1974, p. 249).<br />

Nesse novo modelo curricular foram suprimidas as disciplinas básicas de anatomia e<br />

fisiologia que deveriam ser resgatadas em fundamentos de enfermagem; foram retiradas as de<br />

cultura geral e sociologia, uma vez que os cursos de medicina não as apresentavam, foram,<br />

então, consideradas desnecessárias. Além disso, na parte da formação geral deixou de ser<br />

focalizada a enfermagem de saúde pública. Ainda nesse modelo, as cargas horárias<br />

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