MARCOS ANTONIO FERREIRA JÚNIOR - UCDB
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pensando em sua estruturação para o ensino e, sim, sanar um problema de saúde mental e<br />
pública da época.<br />
Dessa forma, a implantação dos cursos de formação de enfermeiros no Brasil não<br />
surgiu de forma planejada para capacitar formadores de trabalhadores da área, e não se<br />
preocupou, portanto, com a formação do enfermeiro para atuar como formador de novos<br />
profissionais. Isso aconteceu não só na graduação, como também nos cursos de nível técnico,<br />
os quais apresentariam, posteriormente, uma expansão maior em número de escolas para esse<br />
tipo de formação, realidade essa que perdura até os dias atuais.<br />
2.1.1 O PROFAE e o modelo de ensino por competências<br />
Um grande impulso na área de formação de nível médio em enfermagem no Brasil<br />
decorreu da implantação de um projeto do Ministério da Saúde denominado Projeto de<br />
Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem (PROFAE), em 2001. Tal<br />
projeto visava, a princípio, à profissionalização de duzentos e vinte e cinco mil trabalhadores<br />
até o final de 2003 (BRASIL, 2003).<br />
Esse projeto foi impulsionado significativamente pela lei do exercício profissional<br />
de enfermagem, que criava as categorias de atuação da área. Na época da aprovação e<br />
implantação dessa lei, os profissionais que atuavam na enfermagem sem nenhuma<br />
qualificação formal encontraram-se enquadrados como ocupacionais de enfermagem ou<br />
atendentes de enfermagem. As resoluções que implementaram a lei estabeleciam um prazo de<br />
dez anos para a qualificação, a partir do qual estava previsto o cancelamento do direito de<br />
atuação.<br />
No vencimento desse prazo, em 1996, a realidade era bem diferente do previsto na<br />
lei, pois cerca de duzentos e vinte e cinco mil trabalhadores continuavam atuando sem<br />
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