MARCOS ANTONIO FERREIRA JÚNIOR - UCDB
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É possível notar nessas competências o desenvolvimento de habilidades manuais<br />
para execução simples e repetitiva de tarefas do cotidiano do profissional e não o<br />
desenvolvimento de habilidades para discernimento entre situações diferentes com que o<br />
profissional pode se deparar e a forma de articular os saberes a fim de resolver os problemas.<br />
Ao considerar, portanto, que este modelo de ensino por competências é recente na<br />
educação profissional brasileira, inclusive no ensino superior, temos a maioria dos<br />
enfermeiros formados no modelo anterior. Isso justifica a dificuldade de articulação entre o<br />
ensinar tecnicista e por competências que aparece tão presente na atitude da maioria dos<br />
enfermeiros docentes nos cursos de nível médio, justificando a necessidade de preparação<br />
para a ação docente nessas situações.<br />
2.2 A evolução curricular dos cursos técnicos de enfermagem<br />
Ao acompanhar a evolução do ensino em enfermagem no Brasil vemos que em 1936<br />
foi fundada a primeira Escola de Auxiliar de Enfermagem, a Escola Carlos Chagas em Belo<br />
Horizonte, baseada no modelo assistencial. A segunda escola foi criada no Rio de Janeiro, em<br />
1941.<br />
O curso de auxiliar de enfermagem foi inaugurado pela necessidade de mão-de-obra<br />
qualificada em caráter de urgência. Já que a formação do enfermeiro seria algo mais<br />
demorado e dispendioso, essa modalidade de curso aparece como forma de suprir a<br />
necessidade de profissionais cada vez mais qualificados.<br />
Em 1942, foi criada a Universidade de São Paulo (USP) e com ela a criação dos<br />
hospitais-escola públicos que favoreceram o ensino de enfermagem no Brasil, como por<br />
exemplo, a criação do Hospital das Clínicas. Em agosto de 1949, através da lei 775, foi<br />
reconhecido o ensino em enfermagem do país. Essa lei promoveu a reformulação do currículo<br />
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