pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1. INTRODUÇÃO<br />
Muitos produtos cárneos apresentam altos teores <strong>de</strong> água e proteínas e pH próximo a<br />
neutralida<strong>de</strong>, o que fornece boas condições para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>micro</strong>-organismos. A<br />
multiplicação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>micro</strong>rganismos e condições que possibilitem a produção<br />
<strong>de</strong> toxinas são fatores que influenciam diretamente a qualida<strong>de</strong> e segurança dos produtos<br />
alimentícios.<br />
As <strong>salsichas</strong> são produtos que sofrem vários processos <strong>de</strong> manipulação e entram em<br />
contato <strong>com</strong> diversos meios e superfícies durante a fabricação. Além disso, tradicionalmente,<br />
passam pela retirada da tripa após o cozimento, mais um fator que contribui <strong>com</strong> a<br />
vulnerabilida<strong>de</strong> e contaminação <strong>micro</strong>biana (TERRA, 1998).<br />
Dentro da indústria da carne, a garantia da segurança e da qualida<strong>de</strong> são <strong>de</strong> extrema<br />
importância. A indústria <strong>de</strong>senvolve novas tecnologias para a fabricação <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> maior<br />
qualida<strong>de</strong> para diversos mercados cada vez mais <strong>com</strong>petitivos. Por isso os novos<br />
sistemas <strong>de</strong>vem ser projetados para permitir garantias aos processos e procedimentos a serem<br />
implementados. As abordagens tradicionais <strong>de</strong> segurança e qualida<strong>de</strong> da carne <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />
fortemente <strong>de</strong> inspeção regulatória e <strong>de</strong> regimes <strong>de</strong> amostragem. No entanto, estes sistemas<br />
não po<strong>de</strong>m garantir a proteção total do consumidor, pois é impraticável por várias<br />
razões economicas e logísticas (ARMITAGE, 1997).<br />
Devido aos impactos econômicos, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e aos relacionados <strong>com</strong> a saú<strong>de</strong> dos<br />
consumidores, causados pela contaminação <strong>micro</strong>biana dos alimentos, existe o interesse <strong>de</strong> se<br />
eliminar ou reduzir ao máximo a flora <strong>micro</strong>biana dos produtos <strong>com</strong> o mínimo <strong>de</strong> alteração<br />
das características organolépticas. Para tanto surgem, habitualmente novas tecnologias que<br />
visam à <strong>de</strong>scontaminação <strong>de</strong> alimentos bem <strong>com</strong>o a eficiência na utilização <strong>de</strong> recursos <strong>com</strong>o<br />
água e energia para que as novas tecnologias implementadas reflitam na redução do custo <strong>de</strong><br />
produção.<br />
No Brasil o setor industrial correspon<strong>de</strong> ao maior consumidor final <strong>de</strong> energia elétrica,<br />
sendo responsável por quase meta<strong>de</strong> do valor total <strong>de</strong> energia elétrica utilizada no país. Dentro<br />
do setor industrial, o segmento <strong>de</strong> alimentos e bebidas é o segundo maior consumidor <strong>de</strong><br />
energia por fontes primárias (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, 2007). De uma<br />
maneira genérica, po<strong>de</strong>-se dizer que a indústria utiliza água para diversos fins tais <strong>com</strong>o<br />
consumo humano, matéria prima, uso <strong>com</strong>o fluido auxiliar na preparação <strong>de</strong> suspensões e<br />
soluções químicas, uso para geração <strong>de</strong> energia e uso <strong>com</strong>o fluido <strong>de</strong> aquecimento e/ou<br />
11