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pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM

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Por outro lado as <strong>ondas</strong> ultrassônicas (>20000 kHz) po<strong>de</strong>m afetar a estrutura <strong>de</strong> várias<br />

substâncias. No interior da bolha <strong>de</strong> cavitação, moléculas voláteis e hidrofóbicas po<strong>de</strong>m sofrer<br />

pirólise <strong>de</strong>vido às altas temperaturas atingidas <strong>de</strong>ntro da cavida<strong>de</strong> (JOSEPH et al., 2009). Em<br />

água, a frequência <strong>de</strong> 200 kHz promove <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> al<strong>de</strong>ídos <strong>com</strong>o o formal<strong>de</strong>ído e,<br />

principalmente, o benzal<strong>de</strong>ído, possivelmente por possuir característica hidrofóbica<br />

(SEKIGUCHI, SASKI E SAKAMOTO, 2011). Estes dados da literatura <strong>de</strong>monstram que é<br />

possível que o <strong>ultrassom</strong> tenha algum efeito também sobre a estrutura do malonal<strong>de</strong>ído. Nos<br />

tratamentos a 130 kHz (20 °C e 60 °C) não foram percebidas reduções significativas <strong>de</strong><br />

TBARS em relação ao controle, mesmo assim observou-se uma menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> MDA<br />

em T130/60, o que po<strong>de</strong> indicar que a associação da frequência <strong>de</strong> 130 kHz <strong>com</strong> a<br />

temperatura <strong>de</strong> 60°C contribua <strong>com</strong> a <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> MDA (Figura 4.6). Como a frequência<br />

<strong>de</strong> 25 kHz apresentou menores valores <strong>de</strong> TBARS, isto po<strong>de</strong> indicar que em frequências<br />

baixas os al<strong>de</strong>ídos po<strong>de</strong>riam reagir também. Estudos sobre o efeito <strong>de</strong> <strong>ultrassom</strong> <strong>de</strong> baixa<br />

frequência sobre al<strong>de</strong>ídos não foram encontrados.<br />

Apesar <strong>de</strong> T130/20 e T130/60 não diferirem significativamente entre si e em relação<br />

ao controle, observa-se que T130/20 apresentou o maior valor <strong>de</strong> oxidação entre os<br />

tratamentos, enquanto o tratamento em mesma frequência e em temperatura superior<br />

apresentou valor <strong>de</strong> oxidação menor do que a do controle (Figura 4.6). Aparentemente a<br />

temperatura <strong>de</strong> 60°C não promoveu maior oxidação nas gorduras, o que não era esperado,<br />

pois o aumento <strong>de</strong> temperatura aumenta a velocida<strong>de</strong> da reação. A temperatura elevada po<strong>de</strong><br />

ter contribuído para uma maior taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação do malonal<strong>de</strong>ído por pirólise.<br />

Nesse estudo também <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado que açúcares, nitrito, proteínas e outros<br />

al<strong>de</strong>ídos po<strong>de</strong>m interferir na <strong>de</strong>tecção do malonal<strong>de</strong>ído (MDA) pelo método <strong>de</strong> TBARS.<br />

Alguns interferentes po<strong>de</strong>m superestimar o valor <strong>de</strong> MDA, enquanto outros po<strong>de</strong>m reduzir<br />

sua <strong>de</strong>tecção (OSAWA, FELÍCIO e GONÇALVES, 2005). A frequência <strong>de</strong> 25 kHz nas<br />

temperaturas 20ºC e 60°C po<strong>de</strong> ter ocasionado a formação <strong>de</strong> algum <strong>com</strong>posto que torne o<br />

MDA indisponível para reagir <strong>com</strong> o ácido tio barbitúrico (TBA), ou po<strong>de</strong> ter formando<br />

outros <strong>com</strong>postos al<strong>de</strong>ídicos que não reagem <strong>com</strong> o TBA. Como a salsicha é uma matriz<br />

<strong>com</strong>plexa são necessários mais estudos sobre a interação <strong>de</strong> cada <strong>com</strong>ponente químico do<br />

produto <strong>com</strong> o <strong>ultrassom</strong>, não apenas para <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r sua interferência na oxidação das<br />

gorduras, mas também para averiguar a possível formação <strong>de</strong> produtos tóxicos.<br />

4.1.2.1.4. Análise objetiva da cor<br />

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