pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
pigmento cárneo (CHAVASCO, LIZASO e BERIAIN, 1996) e <strong>com</strong> a aceitabilida<strong>de</strong><br />
sensorial.<br />
2.5. Micro-<strong>ondas</strong><br />
As <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong> na frequência usada nos fornos <strong>com</strong>erciais são absorvidas pelas<br />
moléculas <strong>de</strong> água, açúcares e gorduras contidas nos alimentos. Essas moléculas polares são<br />
capazes <strong>de</strong> se alinhar <strong>com</strong> o campo elétrico da radiação, que muda rapidamente <strong>de</strong> acordo<br />
<strong>com</strong> a frequência da radiação. Cada molécula procura a<strong>com</strong>panhar essa mudança e arrasta as<br />
moléculas vizinhas, que se opõem ao alinhamento. Isso gera um aquecimento do meio<br />
diretamente do interior do alimento (CARVALHO, 2005).<br />
As <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong>, além <strong>de</strong> ocasionarem aquecimento, apresentam efeitos não térmicos<br />
nas membranas celulares por meio da movimentação <strong>de</strong> íons ou moléculas carregadas através<br />
<strong>de</strong>stas membranas (BARNES e HU, 1977). As teorias da eletroporação e acoplamento<br />
magnético são alguns dos efeitos não térmicos estudados.<br />
A eletroporação ocorre quando um potencial elétrico atravessa a membrana do<br />
<strong>micro</strong>organismo, provocando a formação <strong>de</strong> poros que resultam em vazamento do conteúdo<br />
celular. A ruptura das membranas está relacionada <strong>com</strong> a queda <strong>de</strong> tensão através <strong>de</strong> uma<br />
membrana resultando na ruptura da membrana celular. O acoplamento do campo magnético<br />
provoca uma ruptura nos <strong>com</strong>ponentes internos da célula, o que leva à lise celular permitindo<br />
que as bactérias sejam <strong>de</strong>struídas à temperaturas mais baixas do que no uso <strong>de</strong> calor sozinho<br />
(LAKINS et al., 2008).<br />
O efeito das <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong> sobre os <strong>micro</strong>rganismos vem sendo estudado há muito<br />
tempo e <strong>com</strong> diversos objetivos <strong>de</strong> uso. Goldblith e Wang (1967), <strong>com</strong>parando tratamento<br />
térmico convencional e <strong>com</strong> energia <strong>de</strong> <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong> na inativação <strong>de</strong> esporos <strong>de</strong> Escherichia<br />
coli e Bacillus subtilis, observaram inativação idêntica para os dois tratamentos e concluiram<br />
que o efeito das <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong> sobre os esposros é puramente térmico. Jeng et al. (1987)<br />
encontraram resultado semelhante sobre esporos <strong>de</strong> Bacillus subtilis quando <strong>com</strong>pararam a<br />
esterilização <strong>de</strong> frascos <strong>de</strong> vidro em estufa <strong>de</strong> convecção <strong>de</strong> ar e em forno <strong>de</strong> <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong>.<br />
Observaram também apenas um efeito térmico das <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong>, porém notou-se que a<br />
esterilização por <strong>micro</strong>-<strong>ondas</strong> é um processo mais rápido do que o convencional. Araújo e<br />
Chavasco (1998) verificaram que o tempo <strong>de</strong> 10 min é suficiente para esterilizar tubos <strong>de</strong><br />
Durhan.<br />
18