pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
pasteurização de salsichas com ultrassom e micro-ondas - UFSM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ocorreu acentuada queda do pH das <strong>salsichas</strong> e atribuíram a acidificação ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> bactérias ácido-láticas, concordando <strong>com</strong> o que foi observado neste estudo no tratamento<br />
TI.<br />
Mercadante et al. (2009) encontraram valores <strong>de</strong> pH entre 6,5 e 6,8 em <strong>salsichas</strong> <strong>com</strong><br />
diferentes pigmentos embaladas a vácuo. Porém, o período <strong>de</strong> 45 dias <strong>de</strong> armazenamento a<br />
4°C repercutiu pouco sobre o pH. O pH apresentado é semelhante ao do presente estudo e<br />
<strong>de</strong>monstrou <strong>com</strong>portamento parecido <strong>com</strong> o <strong>de</strong> US e SUS em relação ao armazenamento.<br />
4.2.2.5. Textura<br />
Os valores <strong>de</strong> dureza, elasticida<strong>de</strong>, coesivida<strong>de</strong> e mastigabilida<strong>de</strong> encontram-se na<br />
Tabela 4.7. Em relação à textura apenas foi observada redução significativa <strong>de</strong> dureza e<br />
mastigabilida<strong>de</strong> finais do tratamento TI (Tabela 4.7).<br />
O <strong>ultrassom</strong> é utilizado em carnes <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> ten<strong>de</strong>rização, pois po<strong>de</strong> provocar<br />
alterações nas proprieda<strong>de</strong>s físicas e químicas da carne e seus <strong>de</strong>rivados, tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
provocar a ruptura da membrana celular e po<strong>de</strong> induzir a ativação da proteólise<br />
(DOLATOWSKI, STADNIK e STASIAK, 2007). Porém, neste estudo não foi observado<br />
indicativo <strong>de</strong> que o <strong>ultrassom</strong> atue no amaciamento <strong>de</strong> <strong>salsichas</strong>, o que é um ponto positivo,<br />
pois o amaciamento <strong>de</strong> um produto cárneo <strong>de</strong> massa fina produziria prejuízo no aspecto<br />
sensorial.<br />
Nos músculos Semitendinosus e Longissimus bovinos <strong>ultrassom</strong> <strong>de</strong> 24 kHz aplicado<br />
pós rigor mortis reduziu a força <strong>de</strong> cisalhamento e a dureza da carne sem afetar a cor e as<br />
perdas por gotejamento e cozimento (JAYASOORIYA et al., 2007). Já em frequência <strong>de</strong> 2,6<br />
MHz o <strong>ultrassom</strong> induziu a um alongamento do sarcômero e ao enfraquecimento da linha Z<br />
logo após a aplicação em músculo Semimembranosus bovino no período pré rigor mortis.<br />
Porém, quando aplicado post-rigor, não ocasionou nenhuma alteração estrutural no músculo.<br />
A estabilida<strong>de</strong> do colágeno não foi afetada (GOT et al., 1999).<br />
Possivelmente o amaciamento ocorre, na carne in natura, por meio da <strong>de</strong>gradação da<br />
estrutura sarcoplasmática, afetando a linha Z e as ligações actina x miosina. Em um produto<br />
processado <strong>de</strong> massa fina <strong>com</strong>o a salsicha a estrutura sarcoplasmática já está extinta e,<br />
portanto, não há <strong>com</strong>o o <strong>ultrassom</strong> atuar no amaciamento por este mecanismo.<br />
A textura <strong>de</strong> <strong>salsichas</strong> é normalmente afetada quando ocorre modificação da sua<br />
formulação <strong>com</strong>o a adição <strong>de</strong> proteínas ou substituição <strong>de</strong> gorduras. Yetim et al. (2006)<br />
observaram que a substituição do gelo por soro <strong>de</strong> leite gelado altera significativamente a<br />
68