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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA - Ibama

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3.2. APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

3.2.1. Objetivos<br />

O Aproveitamento Hidrelétrico - AHE Uruçuí visa propiciar a exploração do potencial de<br />

geração hidrelétrica do rio Parnaíba, conforme identificado nos estudos existentes. Insere-se<br />

no conjunto de obras inventariadas na bacia e constitui o melhor aproveitamento na relação<br />

benefício-custo, dentre os vários estudados, considerada a alternativa de divisão de queda<br />

que apresentou o melhor conjunto de obras e instalações, de menor impacto ambiental e<br />

economicamente aproveitáveis, para o desenvolvimento integral do potencial hidrelétrico.<br />

3.2.2. Justificativas<br />

A Região Hidrográfica do Parnaíba não é auto-suficiente em energia e os índices de<br />

demanda e consumo ainda podem ser considerados baixos.<br />

Antes da instalação da Usina Presidente Castelo Branco (237 MW), na Barragem de Boa<br />

Esperança, o potencial instalado era de apenas 43 MW, revelando a precariedade no<br />

fornecimento de energia ao Maranhão e Piauí. A entrada em operação dessa usina, em<br />

1970, representou, para a economia regional, a superação de um enorme obstáculo à sua<br />

inserção no mercado nacional. Suas linhas de transmissão atenderam, inicialmente, São<br />

Luís e Teresina, cidades que mais se ressentiam da falta de eletricidade, e, posteriormente,<br />

alcançaram Parnaíba e Fortaleza, através das subestações de Piripiri e Sobral.<br />

Em grande parte da região, as redes de transmissão de energia elétrica estão<br />

sobrecarregadas, apresentando grandes oscilações de potência nos horários de maior<br />

consumo. Segundo o PLANAP (CO<strong>DE</strong>VASF, 2006), em muitas unidades médicas da região,<br />

alguns equipamentos para exames ficam sem funcionar devido à baixa carga de energia<br />

elétrica.<br />

Além disso, a energia elétrica também tem se constituído numa das principais limitações ao<br />

desenvolvimento da agroindústria na região, especialmente a fruticultura, uma vez que a<br />

precariedade na distribuição de energia elétrica tem dificultado a expansão dos projetos de<br />

irrigação. O avanço da fronteira agrícola no sul dos estados do Maranhão e do Piauí tem se<br />

intensificado com a implantação de grandes fazendas de soja nas chapadas, o que deverá<br />

gerar avanços na economia e nos negócios, aumento dos fluxos migratórios e<br />

consequentemente, demanda adicional de energia.<br />

A situação mais precária ocorre, principalmente, na área rural, notadamente nos municípios<br />

do Piauí. Na região do Alto Parnaíba, por exemplo, cerca de 70% das escolas da zona rural<br />

não dispõe de energia elétrica. Em média, 60% das pessoas vivem em domicílios com<br />

energia elétrica, com extremos entre Sebastião Barros, por exemplo, com apenas 18,7% e<br />

Guadalupe (PI), com 92,2%, graças à proximidade da UHE citada.<br />

A distribuição de energia elétrica aos domicílios foi um dos serviços que mais cresceu no<br />

período no período entre 1991 e 2000. Observa-se que saltou de percentuais próximos a<br />

35%, em 1991, para 60% a 70% dos domicílios em 2000, corroborando, em parte, o<br />

crescimento econômico da região do Alto Parnaíba, anteriormente citado.<br />

Dentro de um contexto mais amplo, cabe destacar que a prenunciada crise energética<br />

brasileira atual, decorrente da falta de novos investimentos no setor de energia nos anos 90,<br />

fez atrasar várias obras previstas nos planos de expansão das Centrais Elétricas Brasileiras<br />

S.A. - ELETROBRÁS. A crise econômica brasileira, verificada nos anos 80 e 90, manteve<br />

esta demanda reprimida e é fato que a iniciativa privada vem buscando o suprimento próprio<br />

de energia, aliviando o setor público do ônus do investimento.<br />

Projeto Parnaíba AHE URUÇUÍ <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume I <strong>–</strong> Estudos Preliminares 3-4

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