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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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conta própria ou estabelecer uma pequena <strong>em</strong>presa. Entretanto, esse <strong>em</strong>preendimento não<br />

po<strong>de</strong> dar-se <strong>de</strong> forma simples <strong>de</strong>ntro do sist<strong>em</strong>a capitalista, pois as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> êxito<br />

são muito pequenas.<br />

A solução seria os <strong>em</strong>preendimentos solidários, como cooperativas e associações,<br />

que atuariam num mercado formado pelos próprios cooperados, o que lhes garantiria um<br />

mercado para seus produtos e serviços. Economia solidária significa que os participantes na<br />

ativida<strong>de</strong> econômica <strong>de</strong>v<strong>em</strong> cooperar ao invés <strong>de</strong> competir entre si. O <strong>de</strong>senvolvimento<br />

solidário é aquele realizado por pequenas firmas associadas ou <strong>de</strong> cooperativas <strong>de</strong><br />

trabalhadores, fe<strong>de</strong>rados <strong>em</strong> complexos, guiados pelos valores da cooperação e ajuda<br />

mútua entre pessoas ou firmas, mesmo quando compet<strong>em</strong> entre si nos mesmos mercados.<br />

Assim, Singer (2004, p. 1) enten<strong>de</strong> por <strong>de</strong>senvolvimento econômico solidário:<br />

117<br />

[...] um processo <strong>de</strong> fomento a novas forças produtivas e <strong>de</strong> instauração <strong>de</strong> novas<br />

relações <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> modo a promover um processo sustentável <strong>de</strong><br />

crescimento econômico, que preserve a natureza e redistribua os frutos do<br />

crescimento a favor dos que se encontram marginalizados da produção social e da<br />

fruição dos resultados da mesma.<br />

A economia solidária não substitui a economia capitalista, mas convive com ela.<br />

Porém, o autor acredita que “se, e quando, a economia solidária for heg<strong>em</strong>ônica [...] o<br />

sentido do progresso tecnológico será outro, <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser produto <strong>de</strong> competição para<br />

visar à satisfação da maioria” (id<strong>em</strong>, p. 2).<br />

Alguns <strong>em</strong>preendimentos solidários, pela sua própria natureza, têm optado pela<br />

<strong>de</strong>fesa do meio ambiente e do b<strong>em</strong>-estar dos consumidores, opondo-se às tecnologias que<br />

pod<strong>em</strong> ameaçar a biodiversida<strong>de</strong>, a saú<strong>de</strong> do consumidor e a autonomia dos produtores<br />

(SINGER, 2004, p. 2). Atualmente, os <strong>em</strong>preendimentos solidários têm se caracterizado por<br />

cooperativas <strong>de</strong> alimentos orgânicos, livrarias alternativas, editoras comunitárias e<br />

promotoras <strong>de</strong> tecnologias alternativas (SINGER, 2002, p. 95). Estas cooperativas <strong>em</strong>polgam<br />

amplos setores da juventu<strong>de</strong> e têm por objetivo preservar a natureza, combater a<br />

discriminação racial e sexual e se opor ao capitalismo.<br />

Singer 26 (apud PINTO, 2006, p. 43) afirma que não se <strong>de</strong>ve pensar na economia<br />

solidária como um contraponto ao capitalismo, com uma visão i<strong>de</strong>ológica do processo, pois<br />

<strong>de</strong>ssa forma, haveria o risco dos <strong>em</strong>preendimentos se acomodar<strong>em</strong> a uma situação <strong>de</strong><br />

26 SINGER, P. Uma utopia militante: repensando o socialismo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Vozes, 1999.

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