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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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po<strong>de</strong>r-se-ia afirmar que a habilida<strong>de</strong> do artesão e a qualida<strong>de</strong> da matéria-prima<br />

correspond<strong>em</strong> a c<strong>em</strong> por cento da qualida<strong>de</strong> do produto final.<br />

Das quatro espécies estudadas, aquela que obteve a melhor avaliação para o<br />

artesanato é justamente a que oferece, atualmente, as piores condições <strong>de</strong> cultivo, manejo<br />

e beneficiamento. O Salix spp, pelo alto grau <strong>de</strong> ramificação, pela dificulda<strong>de</strong> que apresenta<br />

para o <strong>de</strong>scascamento e pelo comprimento e fator <strong>de</strong> forma dos ramos, não oferece boas<br />

condições para uso <strong>em</strong> artesanato. Entretanto, essas dificulda<strong>de</strong>s talvez possam ser<br />

superadas por meio <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> manejo. Isso só po<strong>de</strong>rá ser comprovado com o<br />

aprofundamento dos estudos.<br />

Também não se t<strong>em</strong> muitas informações sobre seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho frente às condições<br />

<strong>de</strong> clima, aos agentes xilófagos e a outras pragas que pod<strong>em</strong> afetar as lavouras e prejudicar a<br />

produtivida<strong>de</strong>.<br />

A outra espécie b<strong>em</strong> avaliada foi o Salix purpurea. Esta espécie apresenta ramos<br />

longos, pouca ramificação e bom fator <strong>de</strong> forma. Po<strong>de</strong>-se dizer que t<strong>em</strong> condições iniciais<br />

favoráveis, mas assim como o Salix spp, sua recomendação comercial <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

aprofundamento dos estudos, do estabelecimento <strong>de</strong> lavouras comerciais, <strong>de</strong> forma que se<br />

possa avaliar seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho com relação ao ataque <strong>de</strong> pragas e às características <strong>de</strong> clima<br />

e solo da região.<br />

Em relação ao Salix viminalis, po<strong>de</strong>-se afirmar que a espécie apresenta condições<br />

razoáveis para o artesanato. Investir no manejo a<strong>de</strong>quado e <strong>em</strong> estudos <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> ser interessante, pois o histórico <strong>de</strong>sta espécie <strong>em</strong> países vizinhos, como o Chile e a<br />

Argentina, indicam sua viabilida<strong>de</strong>. Deve-se, entretanto, levar <strong>em</strong> conta que as diferenças <strong>de</strong><br />

solo e clima são s<strong>em</strong>pre relevantes.<br />

Finalmente, t<strong>em</strong>os o Salix x rubens, espécie mais difundida na região do planalto.<br />

Muito produtiva e resistente a pragas e int<strong>em</strong>péries, está presente <strong>em</strong> todas as<br />

proprieda<strong>de</strong>s que cultivam o vime. Como espécie estabelecida há tantos anos, não po<strong>de</strong>,<br />

n<strong>em</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartada. Mas, se o que se preten<strong>de</strong> é obter material mais a<strong>de</strong>quado para o<br />

artesanato fino, <strong>de</strong>ve-se investir <strong>em</strong> estudos para o melhoramento <strong>de</strong>sta espécie,<br />

especialmente com relação às proprieda<strong>de</strong>s mecânicas <strong>de</strong> tração e torção. Torná-lo mais<br />

flexível e resistente. Sabe-se que esta espécie é um hibrido <strong>de</strong> Salix alba x Salix fragilis, po<strong>de</strong><br />

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