Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Também foi entrevistado um grupo <strong>de</strong> quatro mulheres que, no início dos anos 2000,<br />
tentou montar uma cooperativa para trabalhar com vime, mas não <strong>de</strong>u certo. Buscou-se<br />
enten<strong>de</strong>r o porquê do fracasso do <strong>em</strong>preendimento. O <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong>las dá conta que, após<br />
investimento <strong>em</strong> maquinário e barracão para o trabalho, elas foram apren<strong>de</strong>r a trabalhar<br />
com o vime, mas todo o trabalho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a colheita até o artesanato ficava por conta <strong>de</strong>las<br />
próprias, o que tornava a tarefa extr<strong>em</strong>amente cansativa. Além disso, o local escolhido para<br />
montar a <strong>em</strong>presa era distante dos centros <strong>de</strong> comercialização, <strong>de</strong> forma que <strong>de</strong>pendiam <strong>de</strong><br />
transporte para levar a mercadoria até a cida<strong>de</strong> mais próxima, no caso, Rio Rufino. Como o<br />
produto era muito barato, acabou não compensando.<br />
Elas afirmam que <strong>de</strong>sconheciam o mercado comprador e não tinham acesso aos<br />
lojistas, ficando por conta <strong>de</strong> atravessadores, que só compravam os seus produtos quando<br />
não havia produção suficiente <strong>em</strong> Rio Rufino.<br />
Também se observou que a maioria dos artesãos, que optam por trabalhar apenas<br />
com a família e produzir cestas e móveis com melhor padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, consegu<strong>em</strong><br />
melhores preços pelos produtos e condições <strong>de</strong> pagamento mais vantajosas. Todos<br />
afirmaram receber uma parcela à vista e o resto <strong>em</strong> 15 ou 30 dias, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do volume<br />
comercializado. Conforme relatam os artesãos:<br />
186<br />
[...] abre novos horizontes, tu passa a criar mais, per<strong>de</strong> o medo <strong>de</strong> criar <strong>de</strong> inventar.<br />
Até tenho inventado outras coisas, é uma questão b<strong>em</strong> relativa, se você vai pra<br />
uma feira, pega um público mais tradicional quer o que s<strong>em</strong>pre se fez, mas o<br />
público jov<strong>em</strong> quer novida<strong>de</strong>, é uma tendência da nova geração (A.G.R., E.C. <strong>em</strong><br />
29/01/2008)