Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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XIX”. O autor <strong>de</strong>staca que “as formas iniciais <strong>de</strong> industrialização não tinham prece<strong>de</strong>ntes<br />
históricos e significaram profundas sequelas sobre os modos <strong>de</strong> organização social e sobre<br />
os parâmetros estéticos que prevaleciam até aquele momento” 38 .<br />
O mesmo autor chama à fase que compreen<strong>de</strong> as últimas décadas do século XIX até a<br />
Segunda Guerra Mundial, <strong>de</strong> Proto<strong>de</strong>sign, uma vez que não havia sido até então<br />
institucionalizada a profissão <strong>de</strong> Desenhista Industrial 39 . A “orig<strong>em</strong> do <strong>de</strong>sign, propriamente<br />
dita, começa a manifestar-se nos anos 1950, com a institucionalização da formação<br />
acadêmica do Desenhista Industrial, momento <strong>em</strong> que ocorre uma preocupação particular<br />
pela formação das competências projetuais, conceito que diferenciará claramente o <strong>de</strong>sign<br />
das artes aplicadas” (CARLSSON, 2004, p. 121). O período que segue, anos sessenta e setenta<br />
do séc. XX, caracteriza-se pela criação <strong>de</strong> diversos institutos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, inclusive<br />
nos países periféricos que tinham uma industrialização incipiente.<br />
Sobre isso, Magalhães (1998, p. 9) diz: “Somente quando se inaugura uma estrutura<br />
que garanta a sua continuida<strong>de</strong> – a escola – é que uma ativida<strong>de</strong> adquire verda<strong>de</strong>iramente<br />
uma existência autônoma. Este parece ser o sinal indispensável a qualquer segmento <strong>de</strong><br />
processo vivo: a preservação das espécies”.<br />
Como disciplina profissional, o Design se organizou <strong>em</strong> diversos tipos <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as<br />
sociais 40 , cuja finalida<strong>de</strong> foi homogeneizar a conduta dos m<strong>em</strong>bros, produzindo<br />
<strong>de</strong>terminações sobre procedimentos e linguag<strong>em</strong>. Com respeito à história das associações<br />
<strong>de</strong> Design nos Estados Unidos da América, Bonsiepe afirma que o primeiro estúdio surgiu <strong>em</strong><br />
1928, e, <strong>em</strong> 1930, iniciou-se a formação <strong>em</strong> Design (CARLSSON, 2004, p. 101). Somente <strong>em</strong><br />
1957 constituiu-se o Internacional Council of Societies of Industrial Design – ICSID.<br />
38<br />
A maioria das obras <strong>de</strong>ste autor foi escrita <strong>em</strong> espanhol e inglês. O que se lê é uma tradução livre feita pela<br />
pesquisadora.<br />
39<br />
Bonsiepe usa no original o termo Diseñador Industrial para <strong>de</strong>signar o que se convencionou <strong>de</strong>nominar<br />
Designer.<br />
40<br />
Durante e após a Revolução Industrial, surgiram na Europa alguns movimentos que tentavam preservar o<br />
conhecimento dos trabalhadores sobre sua ativida<strong>de</strong> e também melhorar a qualida<strong>de</strong> dos produtos industriais.<br />
Arts and Crafts – fundado por William Morris,<strong>em</strong> 1861, objetivava uma renovação das artes e ofícios; pregava a<br />
extinção da divisão do trabalho e consequent<strong>em</strong>ente a volta da unida<strong>de</strong> concepção-produção; opunha-se<br />
fort<strong>em</strong>ente ao novo sist<strong>em</strong>a industrial. Art-nouveau – surgiu na segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, trabalhava com<br />
formas inspiradas na natureza; a verda<strong>de</strong>ira função era unir a originalida<strong>de</strong> à utilida<strong>de</strong>. Werkbund – fundada<br />
<strong>em</strong> 1907, <strong>em</strong> Berlim, na Al<strong>em</strong>anha, a associação <strong>de</strong> artistas e artesãos, li<strong>de</strong>rada por Hermann Muthesius<br />
englobava as correntes dominantes da época, a estandardização da produção e as manifestações artísticas<br />
individuais; pregava a atuação dos artistas junto às fábricas, colaborando para a melhoria da vida do operário e<br />
interferindo no processo produtivo (NASCIMENTO, 2001, p. 12-13).<br />
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