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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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acesso aos medicamentos a partir <strong>de</strong> cooperação com a indústria farmacêutica; e cuidar<br />

para que todos os países possam aproveitar as novas tecnologias (ONU, 2007).<br />

Tanto os objetivos quanto as metas indicam que para a ONU, a partir do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico, o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável será atingido. Entretanto,<br />

algumas correntes ambientalistas, tratadas com mais <strong>de</strong>talhe a seguir, afirmam existir<strong>em</strong><br />

limites físicos ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, consi<strong>de</strong>rando ser o planeta finito <strong>em</strong><br />

recursos naturais. Foladori (2001) afirma que a questão dos limites físicos não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

tanto do recurso <strong>em</strong> si, mas da forma e do ritmo como a socieda<strong>de</strong> o <strong>em</strong>prega. Ou seja, é na<br />

forma social da combinação entre uso e velocida<strong>de</strong> que resi<strong>de</strong> a chave para enten<strong>de</strong>r os<br />

probl<strong>em</strong>as ambientais e a sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Segundo Foladori (2001, p. 127):<br />

Nos objetivos e metas da ONU, não é possível observar a tentativa <strong>de</strong> mudança<br />

substantiva nas estruturas sociais, n<strong>em</strong> na forma capitalista <strong>de</strong> produção, mas, o que fazer<br />

se são as relações sociais <strong>de</strong> produção que regulam o tipo, o espaço a se ocupar, o ritmo <strong>de</strong><br />

transformação e o caráter renovável ou não do recurso (FOLADORI, 2001)? Isso nos conduz<br />

ao estudo das várias correntes ambientalistas no sentido <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como os distintos<br />

setores da socieda<strong>de</strong> se colocam frente aos <strong>de</strong>safios do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e às<br />

possíveis soluções para a crise.<br />

[...] o que interessa para a espécie humana não são os limites físicos absolutos,<br />

n<strong>em</strong> se certos recursos são renováveis <strong>em</strong> termos absolutos e outros não, mas<br />

como <strong>de</strong>terminados recursos se convert<strong>em</strong> <strong>em</strong> renováveis ou não, <strong>em</strong> função <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada estrutura <strong>de</strong> classes sociais e do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento técnico da<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> seu conjunto.<br />

Diversos autores já tentaram <strong>de</strong>terminar uma tipologia do pensamento<br />

ambientalista. Foladori (2005) partiu do critério ético para distinguir as correntes do<br />

pensamento ambientalista <strong>em</strong> ecocentristas e antropocentristas 7 .<br />

7 Para chegar às suas conclusões sobre a tipologia do pensamento ambientalista, Foladori revisou os seguintes<br />

autores e obras: O’RIORDAN, T. Environmentalism. Routledge, London/New York, 1976; COTGROVE, S.<br />

Catastrophe or Cornucopia. The environment, politcs and the future. John Wiley&Sons, Chichester, N. York,<br />

Brisbane, Toronto, Singapure, 1982; EGRI, C. PINFIELD, L. As organizações e a biosfera: ecologia e meio<br />

ambiente, s/e, 1999; GRUNDMANN, R. Marxism and Ecology. Clarendon Press, Oxford, 1991; McGROWEN, A.<br />

Mail list. 1999. Web site: HTTP://csf.colorado.edu. Mail list acessado <strong>em</strong> 11/2000; PEPPER, D. The roots os<br />

mo<strong>de</strong>rn environmentalism. Routledge, London, New York, 1986.<br />

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