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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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Este processo faz com que as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> um trabalhador se torn<strong>em</strong> vantagens,<br />

quando ele <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer o trabalho individual para fazer parte do trabalho coletivo. Ou<br />

seja, aqueles trabalhadores que não possuíam competência suficiente para o artesanato<br />

agora são consi<strong>de</strong>rados aptos, uma vez que só lhes cabe fazer uma pequena parte do todo.<br />

No <strong>de</strong>correr do t<strong>em</strong>po, o sist<strong>em</strong>a conduziu à divisão sist<strong>em</strong>ática do trabalho. “A mercadoria<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser produto individual <strong>de</strong> um artífice in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para se transformar no produto<br />

social <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> artífices, cada um dos quais realiza ininterruptamente, a mesma e<br />

única tarefa parcial” (MARX, 2008, p. 392).<br />

A divisão sist<strong>em</strong>ática do trabalho atingiu seu ápice com os estudos <strong>de</strong> Taylor, que<br />

<strong>de</strong>terminou três princípios básicos para o funcionamento das novas formas produtivas<br />

(BRAVERMAN, p. 108):<br />

A dissociação do processo <strong>de</strong> trabalho e a separação entre execução e concepção<br />

implicavam que todo trabalho cerebral <strong>de</strong>veria ser centrado no <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

planejamento ou <strong>de</strong> projeto. Portanto, à medida que o trabalho do hom<strong>em</strong> se torna apenas<br />

operacional, que lhes vai subtraindo a parte intelectual, o ser humano gradativamente se<br />

aproxima à condição dos animais. Nas palavras <strong>de</strong> Braverman:<br />

167<br />

[...] a manufatura se origina e se forma a partir do artesanato, <strong>de</strong> duas maneiras: <strong>de</strong><br />

um lado surge da combinação <strong>de</strong> ofícios in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes diversos que perd<strong>em</strong> sua<br />

in<strong>de</strong>pendência e se tornam tão especializados que passam a constituir apenas<br />

operações parciais do processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma única mercadoria. De outro,<br />

t<strong>em</strong> sua orig<strong>em</strong> na cooperação <strong>de</strong> artífices <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado ofício, <strong>de</strong>compondo o<br />

ofício <strong>em</strong> suas diferentes operações particulares, isolando-as e individualizando-as<br />

para tornar cada uma <strong>de</strong>las função exclusiva <strong>de</strong> um trabalhador especial. A<br />

manufatura, portanto ora introduz a divisão do trabalho num processo <strong>de</strong><br />

produção ou a aperfeiçoa, ora combina ofícios anteriormente distintos. Qualquer<br />

que seja, entretanto, seu ponto <strong>de</strong> partida, seu resultado final é o mesmo: um<br />

mecanismo <strong>de</strong> produção cujos órgãos são seres humanos (2008, p. 393).<br />

1º - dissociação do processo do trabalho das especialida<strong>de</strong>s dos trabalhadores;<br />

2º - separação entre execução e concepção; e,<br />

3º - utilização do conhecimento para controlar cada fase do processo <strong>de</strong> trabalho e<br />

o seu modo <strong>de</strong> execução.

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