Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Para eles, a certificação da qualida<strong>de</strong> é fundamental. Ainda que alguns produtores<br />
classifiqu<strong>em</strong> seu produto, cada qual o faz <strong>de</strong> forma diferente, não há padronização. Um selo<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>/orig<strong>em</strong> para a região produtora – Vale do Rio Canoas po<strong>de</strong>ria ser interessante<br />
tanto na promoção do produto regional, quanto para garantir a sua qualida<strong>de</strong>.<br />
O selo permitiria uma valoração diferenciada para o produto <strong>de</strong> primeira, segunda e<br />
terceira qualida<strong>de</strong>, para o refugo, etc. Para ter direito ao selo, o produtor <strong>de</strong>veria manter as<br />
categorias. Para isso é preciso uma análise das exigências e necessida<strong>de</strong>s do mercado e<br />
também a capacitação dos produtores.<br />
Etapa 3 – Barreiras<br />
Nesta fase, o objetivo foi i<strong>de</strong>ntificar possíveis obstáculos a ser<strong>em</strong> ultrapassados para<br />
que a visão <strong>de</strong> futuro (Etapa 2) se concretize. O procedimento foi o mesmo das etapas<br />
anteriores.<br />
Os artesãos afirmaram acreditar na importância do associativismo, porém não<br />
dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> recursos financeiros e conhecimento para tal <strong>em</strong>preendimento. Nas palavras <strong>de</strong><br />
um <strong>de</strong>les “sentimos que há <strong>de</strong>sorganização <strong>em</strong> vários aspectos: valor dos produtos, na<br />
comercialização, na diversificação, competição, ao invés <strong>de</strong> colaboração. Com relação ao<br />
valor, ocorre que não se pratica o preço justo, <strong>de</strong> forma que um artesão acaba prejudicando<br />
o outro, competindo por preço e todos acabam per<strong>de</strong>ndo. Na venda individual, o risco<br />
também é individual, enquanto que, no conjunto, seria possível uma garantia coletiva. A<br />
diversificação dos produtos executados por um mesmo artesão acaba atrapalhando a<br />
produção, pois não há como organizar uma linha <strong>de</strong> produção. A comercialização está na<br />
mão dos atravessadores, o que dificulta a venda <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> maior valor agregado”<br />
(G.R.).<br />
Observaram, também, que há divergência entre os próprios artesãos, quanto à<br />
compra do vime classificado. Quando o artesão exige a classificação e paga por ela, o<br />
produtor fornece, mas trata-se da classificação feita por aquele produtor e não <strong>de</strong> um<br />
padrão já estabelecido, pois para tal é preciso seguir normas rígidas.<br />
Os agricultores sent<strong>em</strong> que a falta <strong>de</strong> motivação, li<strong>de</strong>rança, assessoria técnica, apoio<br />
financeiro, união e força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> do próprio agricultor são as principais barreiras. A<br />
131