Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Percebe-se a forte vinculação entre <strong>de</strong>sign e indústria, pois, pelas afirmações<br />
anteriores, é possível inferir que este surgiu para apoiar a indústria e, como se verá a seguir,<br />
modificou-se à medida que os sist<strong>em</strong>as produtivos evoluíram e o capitalismo passou a usar o<br />
<strong>de</strong>sign como ferramenta para seu próprio crescimento.<br />
A primeira <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign do ICSID, <strong>em</strong> 1958, afirma que:<br />
Esta <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>svincula o <strong>de</strong>sign das artes e do artesanato, na medida <strong>em</strong> que<br />
reforça a atuação do <strong>de</strong>signer nos produtos fabricados <strong>em</strong> série e por meios industriais. A<br />
<strong>de</strong>finição faz supor que os objetos não fabricados industrialmente não faz<strong>em</strong> parte do<br />
âmbito do <strong>de</strong>sign. Esta <strong>de</strong>finição teve importância na primeira fase do <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
<strong>de</strong>senho industrial e até hoje é <strong>de</strong>fendida por alguns (MALDONADO, 1993).<br />
<strong>de</strong>sign como:<br />
Após doze anos, <strong>em</strong> 1969, o ICSID adotou uma proposta <strong>de</strong> Maldonado, que <strong>de</strong>finia o<br />
Maldonado mantém o vínculo do <strong>de</strong>sign com a indústria, mas numa leitura atenta <strong>de</strong><br />
sua <strong>de</strong>finição observa-se que ao vincular os aspectos formais às condições culturais,<br />
tecnológicas e econômicas, <strong>de</strong>staca as distintas realida<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>sign nos países altamente<br />
industrializados, daqueles <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> industrialização. Ou seja, as estruturas<br />
econômicas, tecnológicas e culturais sob a qual se faz o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong>terminam o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />
que se faz.<br />
141<br />
Um <strong>de</strong>senhista industrial é uma pessoa que se qualifica por sua formação, seus<br />
conhecimentos técnicos, suas experiências e sua sensibilida<strong>de</strong> visual, a fim <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminar os materiais, a estrutura, os mecanismos, a forma, o tratamento<br />
superficial e o revestimento dos produtos fabricados <strong>em</strong> série por meio <strong>de</strong><br />
procedimentos industriais. Segundo as circunstâncias, o <strong>de</strong>senhista industrial se<br />
ocupará <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> todos estes aspectos. Po<strong>de</strong> ocupar-se também dos probl<strong>em</strong>as<br />
relativos à <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>, à publicida<strong>de</strong>, às exposições e ao marketing, no caso <strong>em</strong><br />
que as soluções para estes probl<strong>em</strong>as, além <strong>de</strong> um conhecimento e uma<br />
experiência técnica requeiram também uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valoração visual.<br />
(BONSIEPE, 1978, p. 20).<br />
Uma ativida<strong>de</strong> projetual que consiste <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar as proprieda<strong>de</strong>s formais dos<br />
objetos produzidos industrialmente. Por proprieda<strong>de</strong>s formais não se <strong>de</strong>ve<br />
enten<strong>de</strong>r apenas as características exteriores, mas, sobretudo, as relações<br />
funcionais e estruturais que faz<strong>em</strong> com que um objeto tenha uma unida<strong>de</strong><br />
coerente do ponto <strong>de</strong> vista tanto do produtor quanto do usuário. Consi<strong>de</strong>rando-se<br />
que a preocupação exclusiva com aspectos exteriores <strong>de</strong> um objeto, leva ao <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> fazê-lo mais atrativo ou dissimular seus <strong>de</strong>feitos constitutivos, as proprieda<strong>de</strong>s<br />
formais, são s<strong>em</strong>pre resultado da integração <strong>de</strong> diversos fatores, funcionais,<br />
culturais, tecnológicos e econômicos (BONSIEPE, 1978, p. 21).