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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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meramente como externo a ele, por isso po<strong>de</strong> ser transformado <strong>em</strong> mercadoria”.<br />

Explicando, quando o produto do trabalho humano não mais reflete o indivíduo que o<br />

produziu, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser parte <strong>de</strong>le, per<strong>de</strong> a importância, transforma-se apenas <strong>em</strong> coisa a ser<br />

vendida; per<strong>de</strong>, por assim dizer, seu significado, simbolismo ou misticismo, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer<br />

parte <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

A partir <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> produtiva, o hom<strong>em</strong> criou condições para satisfazer suas<br />

necessida<strong>de</strong>s primitivas e uma complexa hierarquia <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s físicas e não físicas que<br />

acabam por transformar estas <strong>em</strong> condições igualmente necessárias (MÉSZAROS, 2006).<br />

A conscientização por parte dos indivíduos <strong>de</strong> sua condição só po<strong>de</strong> ser alcançada<br />

por meio da educação. Por isso, na concepção marxista a “efetiva transcendência da<br />

autoalienação do trabalho” é uma tarefa antes <strong>de</strong> mais nada educacional (MÉSZÁROS, 2005,<br />

p. 65).<br />

Segundo Mészáros (2005, p. 72) “a sustentabilida<strong>de</strong> equivale ao controle consciente<br />

do processo <strong>de</strong> reprodução metabólica por parte <strong>de</strong> produtores livr<strong>em</strong>ente associados, <strong>em</strong><br />

contraste com insustentável e estruturalmente estabelecida característica <strong>de</strong> competição”.<br />

O autor afirma que, para os produtores ser<strong>em</strong> livr<strong>em</strong>ente associados, é preciso ativar os<br />

recursos da educação no sentido mais amplo do termo.<br />

Braverman, ao discutir a questão do conhecimento do seu ofício por parte do<br />

trabalhador, afirma que:<br />

170<br />

Quando a mente é <strong>em</strong>pregada numa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assuntos, ela é <strong>de</strong> certa forma<br />

ampliada e aumentada, por isso geralmente se reconhece que um artista do campo<br />

t<strong>em</strong> uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamentos bastante superior a <strong>de</strong> um citadino. A<br />

ativida<strong>de</strong> produtiva na forma dominada pelo isolamento capitalista – <strong>em</strong> que os<br />

homens produz<strong>em</strong> como átomos dispersos s<strong>em</strong> consciência <strong>de</strong> sua espécie - não<br />

po<strong>de</strong> realizar a<strong>de</strong>quadamente a função <strong>de</strong> mediação entre o hom<strong>em</strong> e a natureza,<br />

porque reifica o hom<strong>em</strong> e suas relações e o reduz ao estado da natureza animal<br />

(MÉSZÁROS, 2005, p. 80).<br />

[...] o gran<strong>de</strong> patrimônio do trabalhador assalariado t<strong>em</strong> sido o seu ofício. Em geral,<br />

pensamos no ofício como a capacida<strong>de</strong> para manipular <strong>de</strong>stramente as<br />

ferramentas e materiais <strong>de</strong> um ofício ou profissão. Mas o verda<strong>de</strong>iro ofício é muito<br />

mais que isso. O el<strong>em</strong>ento realmente essencial nele não é a perícia manual ou a<br />

<strong>de</strong>streza, mas alguma coisa armazenada na mente do trabalhador. Este algo é <strong>em</strong><br />

parte o profundo conhecimento que o capacita a compreen<strong>de</strong>r e superar as<br />

dificulda<strong>de</strong>s que constant<strong>em</strong>ente surg<strong>em</strong> e variam não apenas nas ferramentas e<br />

materiais, mas nas condições <strong>em</strong> que o trabalho <strong>de</strong>ve ser feito (BRAVERMAN, p.<br />

122).

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