Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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(2004), referindo-se à baixa educação formal dos artesãos e do alto custo <strong>de</strong> transferência<br />
<strong>de</strong>ste conhecimento, estando os artesãos dispersos <strong>em</strong> lugares distintos.<br />
Soto (2003) classifica o artesanato <strong>em</strong> quatro grupos mais ou menos homogêneos: o<br />
artesanato do meio urbano, realizado na periferia das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>stinado às<br />
necessida<strong>de</strong>s urbanas; o suburbano – <strong>de</strong>senvolvido nas pequenas cida<strong>de</strong>s da zona rural e<br />
<strong>de</strong>stinado a aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s locais; o artesanato rural – feito nos pequenos<br />
povoados ou rancherias distantes dos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, usando técnicas tradicionais,<br />
muitas vezes <strong>de</strong>stinado às feiras regionais e mercados próximos e, finalmente, o artesanato<br />
indígena, <strong>de</strong>senvolvido pelas etnias, proveniente <strong>de</strong> distintas culturas e do meio ecológico<br />
<strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>, que serve, normalmente para o autoconsumo.<br />
Atualmente, segundo Mata (2003, p. 52), “<strong>de</strong>vido ao aumento da pobreza <strong>em</strong><br />
quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, muitos pobres recorr<strong>em</strong> ao artesanato como alternativa<br />
<strong>de</strong>sesperada <strong>de</strong> sustento econômico, situação que aumenta a pressão sobre os recursos<br />
naturais, prejudica a qualida<strong>de</strong> dos objetos artesanais e contribui para sua <strong>de</strong>preciação,<br />
além <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> efeitos <strong>em</strong> ca<strong>de</strong>ia.<br />
Rosenfeld (2004) sugere que a criativida<strong>de</strong> é fator prepon<strong>de</strong>rante para a formação e<br />
a manutenção <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> artesão. É a mais importante vantag<strong>em</strong> competitiva. Ele<br />
sugere que se dê ênfase ao <strong>de</strong>sign, promova-se workshops para reunir artistas, escritores,<br />
<strong>de</strong>signers e artesãos interessados na aplicação comercial, que se promova a visitação<br />
turística aos pontos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> artesanato e que se ofereça crédito para pequenos<br />
artesãos e comerciantes.<br />
A título <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plo, os 20 maiores importadores <strong>de</strong> produtos <strong>em</strong> fibras naturais<br />
movimentaram, no ano <strong>de</strong> 2007, cerca <strong>de</strong> US$ 958.442.073,00, sendo que o maior<br />
importador <strong>de</strong>stes produtos foram os Estados Unidos da América, com 37%, seguidos da<br />
Al<strong>em</strong>anha, com 18,4%, e pela França, com 8,7%. Já o mercado para os 20 maiores<br />
exportadores foi <strong>de</strong> US$ 1.229.414.644,00. Entre estes, a China <strong>de</strong>tém a maior fatia, com<br />
86,7% do mercado, seguido da Al<strong>em</strong>anha, com 3,5%, e pela Bélgica, com 2,8% 30 . É no<br />
mínimo curioso, que justamente os maiores centros do capitalismo mundial sejam os<br />
maiores consumidores <strong>de</strong> produtos artesanais (ONU-COMTRADE, 2009).<br />
30 Fonte dos dados – ONU - Comtra<strong>de</strong> – 2007 – HS2002<br />
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