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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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JUSTIFICATIVA<br />

Economicamente, esta pesquisa se justifica, pois os estudos <strong>de</strong> Arruda (2001)<br />

indicam que, na região do Planalto Catarinense, lócus do presente estudo, o mercado do<br />

vime movimenta R$15.300.000,00/ano 1 , com a venda do vime ver<strong>de</strong> e in natura, além <strong>de</strong><br />

gerar 7,65 <strong>em</strong>pregos por tonelada colhida na entressafra dos cultivos <strong>de</strong> verão.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se o número <strong>de</strong> famílias envolvidas com a ativida<strong>de</strong>, cerca <strong>de</strong> 1200, obtém-se<br />

a renda média por família <strong>de</strong> R$12.750,00/ano. Este valor é importante para<br />

compl<strong>em</strong>entação da renda da proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> vive no campo, mas po<strong>de</strong>ria ser maior<br />

se a matéria-prima fosse mais valorizada e o artesanato melhor comercializado.<br />

Em função da falta <strong>de</strong> contato direto entre produtores e consumidores, o acesso ao<br />

mercado, na maioria das vezes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> atravessadores 2 , que acabam ficando com a<br />

maior parte da renda proveniente da venda, tanto do vime in natura quanto do artesanato.<br />

Os agricultores <strong>de</strong>sconhec<strong>em</strong> as exigências do consumidor final (artesãos); por isso não<br />

classificam n<strong>em</strong> tipificam o produto. Assim, torna-se difícil para o produtor melhorar seu<br />

produto ou ainda promover a melhoria do sist<strong>em</strong>a produtivo e comercial. Para isso, <strong>de</strong>veria<br />

conhecer melhor o mercado <strong>em</strong> que atua, compreen<strong>de</strong>r aquilo que o consumidor espera e<br />

como seu produto é usado e <strong>de</strong>scartado.<br />

Apesar <strong>de</strong> existir<strong>em</strong> muitos obstáculos a ser<strong>em</strong> transpostos para melhorar o<br />

artesanato e a qualida<strong>de</strong> da matéria-prima, algumas iniciativas já obtiveram bons resultados,<br />

fazendo crer que seja possível uma ação neste sentido.<br />

Des<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2002, a Epagri v<strong>em</strong> trabalhando no APL 3 do Vime da Serra<br />

Catarinense. As fontes <strong>de</strong> financiamento são o BID – Banco Interamericano <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento, a Epagri, a Ageserra e o Sebrae-SC. Entre as ações previstas no projeto, e<br />

já realizadas ou <strong>em</strong> andamento, estão: a construção da Escola do Vime <strong>em</strong> Rio Rufino, a<br />

capacitação <strong>de</strong> Extensionistas e Viminicultores, a Assessoria Técnica para produtores e<br />

artesãos, a implantação <strong>de</strong> quatorze Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Observação, a distribuição <strong>de</strong> mudas, o<br />

1<br />

Resumo feito a partir <strong>de</strong> dados fornecidos por representantes das Prefeituras Municipais, <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong><br />

2007, durante a realização do Encontro <strong>em</strong> Rio Rufino – SC.<br />

2<br />

Atravessador – termo utilizado na região para <strong>de</strong>signar o indivíduo que compra gran<strong>de</strong> parte da produção <strong>de</strong><br />

vime e comercializa o produto.<br />

3 APL – Arranjo Produtivo Local.<br />

21

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