Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Acreditam que um terço das famílias envolvidas, ou seja, aproximadamente trezentas 32 ,<br />
agregue valor à matéria-prima confeccionando artesanato.<br />
Com relação ao valor da matéria-prima, afirmaram que são vendidas cerca <strong>de</strong> 1.900<br />
toneladas/ano <strong>de</strong> vime ver<strong>de</strong> b<strong>em</strong> fino (chamado palito) para a viticultura no Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Sul. Trata-se <strong>de</strong> um negócio aparent<strong>em</strong>ente lucrativo, pois não é preciso <strong>de</strong>scascar o vime; a<br />
mão-<strong>de</strong>-obra é apenas <strong>de</strong> colheita. Este produto é vendido a R$ 0,65/kg, enquanto o vime<br />
ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong> diâmetros maiores, atinge R$0,25/kg, um terço do valor do palito. Já o vime seco é<br />
vendido por R$ 1,50/kg. Consi<strong>de</strong>rando-se o trabalho necessário para o beneficiamento, é<br />
fácil perceber porque ven<strong>de</strong>r palito é uma boa alternativa a curto prazo.<br />
TABELA 15:<br />
Uma estimativa da renda anual gerada com a venda do vime po<strong>de</strong> ser vista na<br />
TABELA 15 - ESTIMATIVA ANUAL DE RENDA COM A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DO VIME<br />
PRODUTO PREÇO POR QUILO RENDA ANUAL<br />
Palito ver<strong>de</strong> R$0,65/kg R$ 1.235.000,00<br />
Vime ver<strong>de</strong> não informado R$ 4.275.000,00<br />
Vime seco (diâmetros variados) R$1,50/kg R$ 9.750.000,00<br />
Preço mão-<strong>de</strong>-obra <strong>de</strong> corte R$ 0,12/kg<br />
Preço mão-<strong>de</strong>-obra <strong>de</strong> <strong>de</strong>scascamento R$ 0,30/kg<br />
Dados Informados <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007<br />
Na opinião dos políticos, apesar dos números relativamente expressivos, o vime não<br />
gera divisas para as famílias produtoras, n<strong>em</strong> para o estado, n<strong>em</strong> para os artesãos. Para isso,<br />
é preciso agregar valor à matéria-prima pela melhoria dos produtos ou com o artesanato. É<br />
preciso buscar outras alternativas.<br />
Tanto agricultores quanto artesãos não estão organizados, ainda que existam duas<br />
cooperativas <strong>de</strong> artesanato, uma <strong>em</strong> Rio Rufino e outra <strong>em</strong> Lages, elas trabalham apenas por<br />
d<strong>em</strong>anda, ficando inativas quando não há trabalho. Não existe organização na produção ou<br />
na comercialização e 90% da matéria-prima é vendida para fora da região.<br />
O po<strong>de</strong>r público reconhece a importância do vime como fonte <strong>de</strong> trabalho e renda.<br />
T<strong>em</strong> interesse <strong>em</strong> incentivar a busca por alternativas para artesãos e produtores, pois isso<br />
acarretaria maior arrecadação fiscal para os municípios.<br />
32 Este número difere dos dados obtidos pela EPAGRI (2005), que indica cerca <strong>de</strong> 100 artesãos na região.<br />
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