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132 Alcin do Guanabaratre tan to, não al te ra va em nada a di re ção da li nha de li mi tes que conti -nu a ria a ser uma oblíqua des se ponto à foz do Ma de i ra, colocando ocha ma do Ter ri tó rio do Acre sob o do mí nio da Bolívia. Fe i to este tra ba -lho e já ocu pan do a le ga ção da Bo lí via aqui o Sr. Pa ra vi ci ni, que subs -ti tu ía o Sr. Díez de Medina, fo ram sus pen sos os trabalhos de de mar ca -ção por se obstinar a Bolívia em não re co nhe cer a legitimidade da ex -ploração Cunha Gomes, nem con sen tir em ve ri fi car a exa ti dão des sestrabalhos, a<strong>br</strong>oquelando-se no que ficara ajustado pelo protocolo de 1895.Entretanto, o Sr. Paravicini consultou ao Sr. General Di o ní sio Cerqueirase se oporia a que a Bolívia estabelecesse em ter ri tó rio aquém da li nhaCu nha Go mes uma es ta ção aduan eira, ao que respondeu o nosso minis -tro que não via inconvenien te no es ta be le ci men to dessa al fân de ga, parao que concedia a autorização so li ci ta da, a título provisório, o<strong>br</strong>i gan do-sea Bolívia a removê-la do ponto em que a estabelecesse, se, por oca siãoda de mar ca ção definitiva dos limites, se viesse a ve ri fi car que esse pontonão estava em ter ri tó rio boliviano. O Sr. Paravicini, de posse dessa con -ces são se guiu para o Ama zo nas, onde foi re ce bi do pe las au to ri da deslo ca is com gran des de monstrações de afeto e es ti ma. Aí fretou um na -vio, arvorou a bandeira boliviana e seguiu rio aci ma, en trou no Purus,subiu o Acre e deteve-se num ponto que ficava a cinco mi lhas da li nhaCu nha Gomes. Aí tomou ele posse do ter ri tó rio em nome da Bolívia elançou os fundamentos de uma cidade a que, em honra do então presi -dente de sua pá tria, denominou Pu er to Alonso e nesse ponto fun dou a es -ta ção adu a ne i ra. Ora, toda a borracha que essa re gião produzia fora atéentão tida como <strong>br</strong>asileira e, como tal, su je i ta ao pa ga men to do im pos tode ex por ta ção em Ma na us: o Sr. Pa ra vi ci ni co me çou a co <strong>br</strong>á-los para aBo lí via. Ori gi nou-se daí o con fli to que ain da dura. O co mér cio e as au -to ri da des do Amazonas e do Pará rebelaram-se contra o domínio bolivianoe en trou-se a sustentar que esse ter ri tó rio des<strong>br</strong>avado ex plo ra do e fe cun -da do pelo capital e pelo trabalho <strong>br</strong>a si le i ro era <strong>br</strong>asileiro.Sem dúvida al gu ma, as reclamações que então se fa zi am erame são de todo o ponto justas. O go ver no haveria de tomá-las na con si de -raç ão que elas merecem e certamente procuraria por uma ação diplomá ti capru den te e hábil dar-lhes satisfação, aten den do às justas re cla ma ções dopovo dessa região, sem desconhecer nem lesar o direito da Bolívia ori un dode um tra ta do por nós li vre men te pactuado. Não lhe foi, po rém, de i xa da

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