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Campos Sales - Bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br

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142 Alcin do Guanabaradi zer que o objetivo prin ci pal do Par ti do Republicano era o es ta be le ci -men to da Federação en ten den do-se por isso, não a meia re for ma dospro gra mas liberais, que se declaravam con ten tar com a des cen tra li za çãopo lí ti ca e administrativa, o que se não sabia bem o que fosse nem confe -deração dos Estados no molde da Alemanha, mas precisamente o re gimees tabelecido nos Estados Unidos e na Suíça. O estabelecimento do re gimefederativo nestas ba ses apa re cia-lhes como incompatível com o par la -mentarismo e com a burocracia, sustentando eles que o desaparecimen todes ses dois po de ro sos ele men tos de apo io da Mo nar quia im pli ca riafa tal men te a sua ru í na ∗ . Assim, na ordem política o que a revolução de1889 ti nha em men te era a subs ti tu i ção do par la men ta ris mo e do unita -rismo pelo re gi me pre si den ci al e pela Federação. Com ba ter es tes doispontos ca pi ta is do pen sa men to republicano é com ba ter a pró pria Re pú -blica, que não é certamente um rótulo que se pos sa apli car in di fe ren te -mente a es tas ou aque las instituições, senão que é a expressão po lí ti caem que se concretiza exa ta men te o re gi me pre si den ci al federativo. Osque o com ba tem re ne gam por conseguinte todo o pas sa do da pro pa -gan da re pu bli ca na e im pli ci ta men te re co nhe cem a inconveniência ou a∗“Assi na la das as di fe ren ças e para não ser mais ex ten so, per gun to aos no <strong>br</strong>esde pu ta dos que me estão contestando: Qu e rem a sua organização, a sua descentra -li zação tão ampla, de modo que ela se apresente desembaraçada destas duas gran desforças que dão mais só li do apoio e o ma i or vigor ao sis te ma cen tra lis ta? Querem asua fe de ra ção ou a sua des cen tra li za ção tão am pla que elimine a de pen dên ciaresultante des ta pe ri go sa linha hierárquica no fun ci o na lis mo público, e que cons ti tuio go ver no burocrático? Querem o go ver no com a com ple ta separação e soberaniados po de res de modo que cessem inteiramente as re la ções de mú tua dependênciaentre o Parlamento e o Conselho de Ministros? Querem a des cen tra li za ção nosamplos mol des do re gi me federal? São es tas as ba ses da sua or ga ni za ção? Queremden tro do Estado a du pla so be ra nia, isto é, a so be ra nia am pla e ili mi ta da dospo de res pro vin ci a is ao lado da so be ra nia am pla e ilimitada dos po de res nacionais?Penso que, de duas uma: ou os sustentadores desta reforma hão de aceitá-las nes testermos amplos, para que ela possa ser sin ce ra e efi caz, ou então hão de recusá-laformalmente. Eu não compreendo e nem os no <strong>br</strong>es deputados são capazes demostrar a eficácia disso que se cha ma sim ples descentralização ad mi nis tra ti va. Adescentralização não está na ad mi nis tra ção, a descentralização é necessariamentepolítica, porque ela afe ta a or ga ni za ção dos po de res do Esta do”, CAMPOSSALES. – Discurso pro fe ri do na ses são da Assem bléia Provincial de S. Paulo em24 de fe ve re i ro de 1888.

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