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52 Alcin do GuanabaraNo momento em que es sas palavras eram proferidas, já o Sr.Cam pos <strong>Sales</strong> tinha po di do por si mesmo ava li ar da extensão do descré -dito a que ha vía mos ca í do na Europa; e po dia, por con se guin te, por umlado, apreciar a in fluên cia reparadora que sua vi si ta havia exercido e, poroutro, perceber ni ti da men te a gravidade da situação e aju i zar da soma deres pon sa bi li da de que pe sa ri am so <strong>br</strong>e seu governo. Ao embarcar-se paraa Europa, S. Exª fora in for ma do pelo Go ver no do es ta do em que seachava o Te sou ro: exausto, so <strong>br</strong>e car re ga do de ônus e de com pro mis sose sem crédito a que recorrer. Por al gum tempo, acre di tou-se que já nessaépo ca estivesse o go ver no ne go ci an do o Fun ding-loan: hoje, é já sa bi doque, diante das di fi cul da des aparentemente insuperáveis que o afrontava,con ser va va-se o Sr. Prudente de Morais de <strong>br</strong>aços cruzados, confiandodo Aca so ou da Pro vi dên cia, a nos sa sal va ção. A pro pos ta para oFun d ing-loan era trazida ao Brasil pelo Sr. Tootal, diretor do Lon don &River Pla te Bank, quando o Sr. <strong>Campos</strong> Sa les já estava de viagem para aEuropa. Em Lisboa, re ce beu S. Exª avi so de que em Paris en con tra rianum te le gra ma co mu ni ca ção importante; e efetivamente, lá en con trouas ba ses da pro pos ta, que era fe i ta ao go ver no em nome de nos soscredores. Mesmo como base de negociação, achou S. Exª que as condi çõespropostas traduziam exi gên cia desmedida: fez al gu mas tentativas juntoaos ban que i ros da ca pi tal francesa, mas, atra vés da cortesia das escusas,compreendeu des de logo a re pul sa inabalável. Foi já sob pressão da imi -nência dos pa ga men tos de junho e julho que S. Exª seguiu para Londres.A pro pos ta dos ban que i ros pe dia, como ga ran tia de umempréstimo de £10.000.000 no máximo, as rendas de todas as alfând e gasda República, a Estra da de Ferro Central do Brasil, o ser vi ço de abas te -ci men to d’água à Ca pi tal Federal. Pedia mais que o go ver no se o<strong>br</strong>i gas sea re ti rar da cir cu la ção ao câmbio de 12 di nhe i ros uma soma de pa -pel-mo e da equivalente à emissão do Funding; e mais, que essa soma depa pel, re co lhi da aos ban cos es tran ge i ros cons ti tu í dos em trust, fossepublicamente queimada. Finalmente, pedia que o go ver no assumisse ocompromisso de não emitir nenhum empréstimo ex ter no na in ter cor -rên cia da emissão do Funding. Os Srs. Rothschild avisavam lealmente aoSr. Cam pos <strong>Sales</strong> de que essa era a única ope ra ção que se poderia ten tarno momento e não dissimulavam que nem na Ingla ter ra, nem no conti -nente se queria ouvir falar em negócios para o Brasil. Isso não obstante, o

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