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LIVRO DIDÁTICO miolo CD

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Considerações finais<br />

UNIDADE 8<br />

Pode parecer estranho que, para uma mesma droga, apareçam<br />

porcentagens diferentes. Isso ocorre porque cada tipo de levantamento<br />

estuda determinada população com particularidades próprias.<br />

A Tabela 1 ilustra esse aspecto. É possível notar, por exemplo, que na<br />

pesquisa domiciliar (incluindo pessoas de 12 a 65 anos de idade) o<br />

uso na vida de solventes foi relatado por 5,8% dos entrevistados,<br />

enquanto entre jovens (estudantes, universitários e crianças e adolescentes<br />

em situação de rua) a porcentagem foi bem maior. Isso significa<br />

que, quando se pretende aplicar um programa preventivo ou uma<br />

intervenção, é importante conhecer antes o perfil daquela população<br />

específica, pois suas peculiaridades são relevantes para um planejamento<br />

adequado.<br />

Levantamentos<br />

Drogas<br />

Domiciliar<br />

Estudantes<br />

do Ensino<br />

Fundamental<br />

e Médio<br />

Crianças<br />

e adolescentes<br />

em situação<br />

de rua<br />

Universitários<br />

Maconha<br />

6,9%<br />

7,6%<br />

40,4%<br />

26,1%<br />

Solventes<br />

5,8%<br />

13,8%<br />

44,4%<br />

20,4%<br />

Cocaína<br />

2,3%<br />

2,0%<br />

24,5%<br />

7,7%<br />

Tabela 1 – Comparação do uso na vida de algumas drogas em quatro diferentes<br />

populações pesquisadas.<br />

Fonte: SENAD, CEBRID – UNIFESP e GREA – FMUSP.<br />

Ainda é preciso lembrar que, embora existam estudos sobre o<br />

panorama do uso de drogas no Brasil, os dados disponíveis nem<br />

sempre são suficientes para avaliações específicas. Além disso, o uso<br />

de drogas é algo dinâmico, em constante variação de um lugar para<br />

outro e mesmo em determinado lugar. Por tais razões, são necessários<br />

programas permanentes de pesquisas epidemiológicas, para que<br />

novas tendências possam ser detectadas e programas de prevenção e<br />

intervenção adequadamente desenvolvidos.<br />

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