21.02.2013 Views

D - BARBOSA, MARIA ALEJANDRA ROSALES VERA.pdf - DSpace ...

D - BARBOSA, MARIA ALEJANDRA ROSALES VERA.pdf - DSpace ...

D - BARBOSA, MARIA ALEJANDRA ROSALES VERA.pdf - DSpace ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

No ensaio sobre ocultismo no Paraná na Revista "Esfinge", o também simbolista<br />

Dario VELLOZO (1900:71) afirmou: O sapo é vitima de engrimanços 840 , por suas qualidades<br />

absortivas. Usam-no em numerosos maleficios, procurando obter os mais extravagantes e<br />

pavorosos resultados.<br />

pureza.<br />

A rosa branca usada em filtros e poções amorosas européias era símbolo de beleza e<br />

85<br />

O segundo feitiço da dita Anna Formiga pareceu ter sido encomendado por um<br />

homem para que a bruxa separa-se um casal. A rã destinava-se simbolicamente ao marido,<br />

enquanto que a rosa branca, amarrada aos pés da rã, voltava-se para a mulher, o objeto<br />

amoroso. As palavras cabalísticas Sista, Pista, Ris ta, Xista. 86 , não pareceram ter um<br />

sentido simbólico ou cabalístico especifico conhecido ou documentado.<br />

Um outro exemplo destas praticantes da bruxaria ligadas ao curandeirismo é a<br />

própria LUCINDA que morava na rua Pedro Ivo no ano de 1899. Ela era de físico: (...)<br />

parda velha, de olhar contemplativo e nariz aquilino. 81 A história no 'Diario ' começou a<br />

contar que uma senhora "distinta" da sociedade, levou à polícia uma denúncia contra<br />

Lucinda, que teria atirado um feitiço contra seu filho 88 , para que este casasse com uma polaca<br />

para desespero da mãe.<br />

O referido filho: (...) sentia o coração queimar-se do estranho fogo de amor 89<br />

Também compareceu à delegacia de polícia outra pessoa, afirmando que a Lucinda<br />

teria mandado a sua casa um presente de lingüiça por ela preparado 90 A família desconfiada<br />

do pacote, deu a lingüiça para o cachorro e: (...) dali a horas começou a deitar sangue e criar<br />

feridas pelo corpo 91<br />

Após do incidente com o cachorro, o delegado dirigiu-se à casa de Lucinda e<br />

procedeu a busca da mulher, encontrando alguns objetos suspeitos. (...) embaixo do colchão<br />

84 Engrimanço são figuras sem justas proporções na pintura ou desenho. Em geral tem esse nome os escritos<br />

sobre mágica supersticiosa, as coleções de receitas e formulas mágicas.<br />

85 CIRLOT, Juan-Eduaro. Dicionário de símbolos. São Paulo: Ed. Moraes, 1984. p.504<br />

86 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 08/05/1899. p. 01.<br />

87 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

88 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

89 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

90 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

91 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

107

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!