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2.1.3 O Positivismo: "Ordem e Progresso"<br />
33<br />
As civilizações succedem-se evolutivamente,<br />
dissolvendo-se elementos estéreis dum passado<br />
que se prolonga além do seu tempo e<br />
esboçando-se os elementos vivos<br />
da ordem nova que teem de definir-se (...).<br />
Diário da Tarde, 15 de março de 1912, p.l.<br />
No discurso dos novos republicanos em Curitiba, o pensamento positivista, difundido<br />
em diversas cidades do Brasil, encontrava uma forte via de expressão. O primeiro<br />
momento do pensamento de Augusto Comte apontava para a possibilidade da regeneração<br />
final da humanidade, segundo um processo de evolução determinada, sob a forma ideal da<br />
República laica e centralizada. Além da influência das correntes do pensamento positivista<br />
oriundas do Rio de Janeiro e do Nordeste do país, Curitiba foi exposta na conjuntura da<br />
Revolução Federalista de 1893 a discussão do pensamento positivista de Júlio de Castilhos.<br />
Esse quadro deixou marcas nos aspetos sociais, político e familiar do Estado até 1930.<br />
(WESTPHALEN, C.:1989).<br />
A importância da hegemonia da filosofia positivista propõe submeter os fatos a<br />
experimentações, substituindo a procura de causas e essências pelo descobrimento de leis<br />
imutáveis que seriam as relações constantes entre fenômenos observáveis. Criou-se o solo<br />
propício para o desenvolvimento de idéias positivas dominantes no discurso médico. Foi<br />
então a Faculdade de Medicina o espaço por excelência onde se veiculavam essas idéias.<br />
Para reafirmar isto, STEP AN, N (1976:63) diz que o positivismo foi o discurso que<br />
introduziu o debate sobre as relações entre a ciência e o poder nacional, criticando as<br />
teorias que associavam o nosso subdesenvolvimento a fatores climáticos -que seriam os<br />
responsáveis pelas doenças endêmicas, pelo temperamento passivo do homem brasileiro e<br />
sua influência até na moral- e á inferioridade racial, agindo então como elemento de<br />
degradação da civilização branca, comprometendo o ideal eugênico.<br />
A crença no Progresso, completou-se nas idéias evolucionistas de Charles Darwin e<br />
Herbert Spencer. Tomando a evolução como algo construtivo, ambos consideram como<br />
movimento natural do mundo social e orgânico, passando do indefinido para o definido, do<br />
simples para o complexo. Embora a idéia da evolução fosse anterior, a difusão do