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as recentes correntes teóricas positivistas que enalteceram a bandeira de 'ordem e<br />

progresso'. Neste contexto, os movimentos anticlericais, os movimentos ocultistas,<br />

simbolistas e espiritualistas se difundem e ganham força na sociedade curitibana da<br />

Primeira República.<br />

A República, como diz LUZ, M. (1982) significa profundas modificações políticas,<br />

não apenas no plano das relações Estado-sociedade, mas também nas relações com a<br />

economia e a ideologia. Essas profundas transformações tocaram a Curitiba recém<br />

modernizando-se. A Curitiba da Primeira República era uma cidade polêmica, berço de<br />

diversas nacionalidades, crenças e opiniões. Republicanos idealistas, católicos<br />

conservadores, maçons e espíritas, curandeiros e médicos, boticários e farmacêuticas; todos<br />

disputando o predomínio do pensamento da nascente urbe, envolvendo-a em um rico e<br />

pródigo confronto de idéias. E como diz o antropólogo BALHANA, C. (1981:85) ao<br />

respeito:<br />

O Paraná, e principalmente Curitiba, pela sua função de pólo receptor de<br />

imigrantes de variada procedência, teve sua população mais exposta ao influxo<br />

europeu de conceitos, valores e normas. Essa convivência européia, em<br />

particular no meio urbano da Capital paranaense, possibilitou alta margem de<br />

definições em relação ao contingente imigrado por parte dos nacionais da<br />

sociedade receptora, mesmo quando culturalmente identificados pelo<br />

liberalismo emergente da intelectualidade, de uns e de outros.<br />

Esse liberalismo comentado por Balhana, assume uma ótica do 'evoluir' do Estado, o<br />

papel de orientador das ações e pensamentos da sociedade.<br />

Ocorreu que formas sociais dentro do liberalismo, tais como o progresso protestante,<br />

o marxismo e o liberalismo científico, sondaram no início do século os primeiros passos<br />

republicanos, propiciando assim a formação de campos de concreticidade liberalizantes ao<br />

nível da temática liberal preconizada pelo conceito de República. Todas essas ideologias<br />

de caráter contestatórias e adaptadas ao contexto de ordem e progresso da República<br />

brasileira, foram refletidas na sociedade paranaense da época. De modo que a Capital<br />

provinciana paranaense no final do século XDC e inicio do século XX era repleta de ricos e<br />

polêmicos debates de tipo religioso e ideológico. Uma Primeira República com livre-<br />

pensamento que alcançava novas maneiras de pensar e de ser. Também nos diz Balhana<br />

(1981 ) sobre isto: (...) mais do que o livre-pensamento. ou seja, mais do que o desejo de afirmar<br />

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