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CAPÍTULO 2: CONTEXTO SOCIO-CULTURAL E RELIGIOSO<br />

DE CURITIBA ENTRE OS ANOS 1899-1912<br />

2.1 A Cidade de Curitiba e sua Formação<br />

27<br />

(...) entramos na estação de Coritiba. Ahí, o movimento,<br />

a azafama da chegada, a luz, o barulho, natural de uma multidão<br />

que se transporta, deu-nos a consciência de ter entrado numa<br />

grande cidade, cheia de vida o progresso, Coritiba é, na verdade,<br />

uma grande cidade moderna, que vive de elementos próprios; suas<br />

ruas largas, verdadeiras avenidas, bordadas de casarias elegantes<br />

e vistosos palacetes, nos dão a impressão de um outro mundo<br />

diverso daquelle em que vivemos ahi nesse Rio de Janeiro, de vida<br />

intensa e rápida, onde o corpo se abate no esforço diário, sob o<br />

abrazador calor tropical.(...).<br />

Gazeta da Tarde, Rio de Janeiro, 1912<br />

O final do século XDC e o início do XX foram marcados por intensas transformações<br />

políticas, econômicas e culturais ocorridas no mundo. Já nas primeiras décadas do século<br />

XIX começa a estruturar-se no Estado do Paraná uma economia de exportação que acabaria<br />

por substituir quase inteiramente a produção de subsistência, e nesse novo contexto<br />

histórico e econômico, a produção do mate para exportação constituía a atividade básica do<br />

litoral e primeiro planalto do Paraná. A erva-mate é uma planta nativa na região e de<br />

ampla ocorrência em grande parte de seu território naquela época. Sua colheita e<br />

beneficiamento exigiam pouco esforço, o que levou a sua população a dedicar-se às<br />

atividades ervateiras. Segundo Márcia Elisa de CAMPOS GRAF (1979):<br />

Até o início do século XIX a erva escolhida no planalto de Curitiba era<br />

transportada, semi-elaborada, para os engenhos de mate localizados no litoral,<br />

em Paranaguá, An tonina eMorretes, onde eram completados o beneficiamento e<br />

o produto era embarcado. Na primeira metade do século XIX os engenhos do<br />

litoral foram pouco a pouco sendo transferidos para Curitiba.<br />

Essas grandes transformações nas estruturas econômicas e sociais da nova Curitiba<br />

estavam intimamente relacionadas então, com a evolução da economia do mate. A esse<br />

fato se somou o comércio da madeira e incipiente agricultura de arroz e de cana-de-açúcar.

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