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foi encontrado um besouro amarrado em fios de cabelo, um lenço branco com uma cruz vermelha,<br />

pintada no centro e um dedo humano secco 92 .<br />

O besouro e a cruz foram utilizados largamente na confecção de amuletos e talismãs<br />

destinados a atrair a sorte e evitar influências maléficas externas (CIRLOT:l 984).<br />

Já o fio do cabelo e o chamado dedo humano secco eram comumente utilizados nas<br />

práticas da magia imitativa (MONTEIRO, P.: 1986).<br />

Lucinda, ao ser interrogada sobre o uso de tais objetos, respondeu: O besouro e o dedo<br />

humano secco tem virtudes e produzem milagres quando são tocados, benzidos ou colocadosjunto<br />

ao fogão, acompanhados com palavras de meu segredo 93<br />

A velha curandeira e bruxa também receitou um "encanto" para as curas (este<br />

exemplo já foi utilizado em outros apartes): queimando umas pétalas de rosa murcha e<br />

tomando depois as suas cinzas, misture-as com um xarope espesso de água e açúcar, dizendo: isto<br />

é o mel rozado dos farmacêuticos, e depois bebe. 94<br />

Na Europa a rosa era utilizada também em tratamentos pelo ocultismo: (...) a rosa<br />

usada em xarope ou infusão facilita a concepção, sendo de pétalas vermelhas. A água destilada<br />

das rosas brancas é excelente para as doenças venéreas e inflamações dos olhos 93<br />

3.5.2 Algumas Representações estereotipadas das Bruxas na prática do<br />

Curandeirismo<br />

Na idade moderna consolidou-se no imaginário ocidental a figura estereotipada que<br />

representava a bruxa. A suspeita deste tipo de pratica era sempre associada às mulheres<br />

solteiras e velhas. Essa herança cultural veio possivelmente para Curitiba com os<br />

portugueses e principalmente com os imigrantes italianos 96 . Apesar deste tipo de pratica<br />

92 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

93 DIARIO DA TARDE. Curitiba. 09/05/1899. p. 01.<br />

94 DIARIO DA TARDE. Op. Cit. p. 01<br />

95 DICIONÁRIO DE CIENCIAS OCULTAS. São Paulo: Ed. Três, p. 224.<br />

96 LANGER, J. Feitiçaria em Curitiba.. Curitiba: UFPR, 1992. p. 71<br />

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