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(...) me indicaram uma velha curandeira que mora na praça Tiradentes, a qual me<br />

cobrava trinta mil reis por cada garrafada de remédio que me dava e dizia que<br />

minha doença era de natureza que nenhum medico era capaz de me curar. Depois<br />

de ter gasto muito dinheiro inutilmente com essa feiticeira, que devia ser chamada à<br />

policia, me indicarão uma outra que mora na rua Dr. Pedrosa, que me cobrava sete<br />

mil reis por garrafada. (...) Perdi meu dinheiro, mas ganhei experiência. Torno isto<br />

publico para prevenir as simples como eu, e para pedir providencias à policia e ao<br />

governo contra essa súcia de curandeiros, exploradores da desgraça do próximo. 29<br />

Com o título: 'Um curandeiro: Beberagem fatal' apareceu no dia 3 de dezembro de<br />

1908 no jornal DIARIO DA TARDE o artigo que menciona as práticas feitas pelo<br />

curandeiro Antonio Machado e que resultaram em envenenamento de um paciente:<br />

(...) no dia 28 do mez passado, Antonio Machado foi á casa de seu compadre Sergio<br />

de Campos, levando numa garrafada uma beberagem de côr duvidosa. Ali chegado,<br />

depois de alguns momentos de palestra com Sergio e sua mulher Anna, disse que<br />

aquella estava 'enfeitiçada ' e que era precsio tirar-lhe o feitiço '. Para isso tinha<br />

naquella garrafada um 'santo remedio '.<br />

Sergio e sua mulher, crentes na 'sciencia' do curandeiro que já havia tratado,<br />

tempos atráz, do primeiro, acreditaram no que elle lhes dizia, premptificando-se a<br />

mulher a tomar o remédio.Antonio Machado então derramou em uma caneca certa<br />

quantidade daquella beberagem e fez com que Anna a ingerisse. Acto continuo a<br />

mulher cahiu sobre uma cadeira, os dentes cerrados, sem pronunciar mais uma única<br />

palavra.A dose era pouca e o curandeiro lançando mão de um freio de ccivallo. com<br />

elle abriu os dentes de sua comadre e despejou-lhe garganta abaixo outra dose da<br />

fatal garrafada.<br />

Os effeitos intoxicadores da bebida, que logo após ingerida se fizeram sentir, foram<br />

augmentando, vindo a infeliz Anna a fallecer horas depois (...)<br />

Em 1912, em Itaperussú um curandeiro ministra 'mezinhas' e seus pacientes ficam<br />

'paralyticos', outros aparvalhados e outros morrem envenenados, segundo o jornal<br />

DIARIO DA TARDE: 30<br />

Já há algum tempo perambulava pelas adjacências o individuo José Tavares de<br />

Luz afamado 'cirurgião' que tem preparado aos moradores doentes dali,<br />

'mesinhas ' de effeitos contraproducentes, pois as muitas pessoas, que ingeriam<br />

taes panacéas, ficavam aparvalhas. das outras paralyticas (...) O curandeiro<br />

Tavares de Luz forneceu uma garrafa de litro, cheia de cachaça, tendo em<br />

infúsão-alho, açafrão e varias raízes (...)<br />

29 DIARIO DA TARDE, Curitiba, 04/07/1901 .p. 02.<br />

30 DIARIO DA TARDE, Curitiba, 27/03/1912.p. 01.<br />

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