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3.2 O Curandeirismo e as Práticas mágico-religiosas<br />
62<br />
Procurar obter cura por meios sobrenaturais<br />
aproximava esta terapêutica popular da feitiçaria.<br />
Curavam-se doenças, incômodas como dores de dentes;<br />
mas também se curavam feitiços (...) o curandeiro tinha<br />
função paradoxal: identificado ao feiticeiro, era<br />
freqüentemente chamado para desfazer feitiços.<br />
SOUZA, Laura de Mello. "O diabo e a terra de Santa<br />
Cruz". São Paulo. Companhia das Letras. 1986. pp<br />
241.<br />
O Curandeirismo é o conjunto de práticas e de condutas do curandeiro. É uma<br />
instituição'*, sem duvida considerada ilícita, mas que por costumes, de certo modo,<br />
incultos do povo, esta têm aceitado e ao mesmo tempo é sancionado por vezes. 20 Já o<br />
curandeiro (Del lat. "cuñandus"; ger. de curare, cuidar, curar: m. é El que hace de<br />
médico sin serlo 2 '. Na Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo Americana de 1930, o<br />
curandeiro é definido na sua primeira acepção como: charlatan, empirique, p. curandeiro -<br />
adj. Dicese de la persona que ejerce de médico sin tener aprobado los estudios correspondientes.<br />
II. Charlatan que vende remedios específicos en público o en secreto, o practica tratamientos<br />
empíricos o supersticiosos o de pura farsa, etc.<br />
O curandeiro é uma confluência entre médico e religioso popular. Ele atende as<br />
necessidades físicas e espirituais com medicamentos caseiros, mas também utiliza<br />
elementos religiosos e mágicos para sua arte de curar; especialmente quando a causa da<br />
doença é sobrenatural. Neste caso, a linguagem simbólica do ritual do curandeiro é muito<br />
mais eficiente do que a linguagem médica-científica, já que muitas vezes não resolve esse<br />
tipo de problemas. (MONTEIRO, P.: 1990:63). Isto é talvez uma das melhores explicações<br />
para a enorme popularidade destes personagens e sua evidente resistência no tempo.<br />
Como já mencionamos anteriormente, a medicina popular e o curandeirismo como<br />
parte integrante dela, foi e é nutrida por diversas origens como a indígena, a africana e,<br />
Coisa instituída ou estabelecida. 5. Estrutura de necessidades sociais básicas, com caráter de relativa<br />
permanência, e identificável pelo valor de seus códigos de conduta e alguns deles expressos em leis. In<br />
DICCIONARIO Novo Aurélio, p. 1119.<br />
20 Grande ENCICLOPEDIA Portuguesa e Brasileira. Vol. VIII. Lisboa: Edit Lisboa, 1940. p 290-291.<br />
21 DICCIONARIO ENCICLOPÉDICO Hispano-Americano de Literatura, Ciencias y Arte. España: Montaner<br />
y Simón Editores, 1890. p 1588.