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Machinapolis e a Caosmologia <strong>do</strong> Ser 196<br />

del movimento de caída, y ante la desaparición de toda sencillez y de toda posibilidad de contemplación,<br />

percibiera, uno tras otro, los síntomas de una destrucción completa y de una pérdida de raíces de la cultura...<br />

Vivimos en la época de los átomos, del caos de la atomización”. Friedrich Nietzsche, Schopenhauer como<br />

educa<strong>do</strong>r. Madrid: Biblioteca Nueva, 2001, § 4, p. 56-58.<br />

10 A vivência que caracteriza a Caosmologia <strong>do</strong> Ser remete às condições históricas que condicionam a<br />

fisiologia da cultura a uma explosão energética produzida pela máquina capitalista, “manifesta na vida<br />

normatizada, desnaturada das massas civilizadas. (...) É a experiência inóspita, ofuscante da época da<br />

industrialização em grande escala”. Ver Walter Benjamin, “Sobre alguns temas em Baudelaire”, § I, in<br />

Charles Baudelaire: um lírico no auge <strong>do</strong> capitalismo, p. 104-105.<br />

11 O 'museu imaginário' de que fala Malraux, em Les voix du silence, consiste na imagerie desencadeada na<br />

modernidade, com a proliferação de máquinas reprodutoras da imprensa, o que veio possibilitar “à arte<br />

adquirir consciência de si mesma e descobrir seus estilos sem levar em conta as diferenças de material,<br />

formato e situação”. Cf. Jean Lacoste, “A imaginação”, in A filosofia da arte, p. 59.<br />

12 Conforme Walter Benjamin: “com a reprodutibilidade técnica, a obra de arte se emancipa, pela primeira<br />

vez na história, de sua existência parasitária, destacan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> ritual. A obra de arte reproduzida é cada<br />

vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida. (...) Em vez de fundar-se no ritual,<br />

ela passa a fundar-se em outra práxis: a política”. Cf. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade<br />

técnica”, “Ritual e política”, in Magia e técnica, arte e política, p. 171-172.<br />

13 “Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição<br />

única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de verão, uma<br />

cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa respirar a aura<br />

dessas montanhas, desse galho”. Walter Benjamin, “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”,<br />

“Destruição da aura”, in Magia e técnica, arte e política, p. 170.<br />

14 “A orientação realmente experimental da atividade situacionista consiste em estabelecer, a partir de<br />

desejos reconheci<strong>do</strong>s com maior ou menor clareza, um campo de atividade temporária favorável a esses<br />

desejos. Só o seu estabelecimento pode esclarecer os desejos primitivos e o aparecimento confuso de novos<br />

desejos cuja raiz material será a nova realidade constituída pelas construções situacionistas” (“Questões<br />

preliminares à construção de uma situação”). “A situação, como momento cria<strong>do</strong>, organiza<strong>do</strong> (...), inclui<br />

instantes perecíveis – efêmeros, únicos. Ela é uma organização de conjunto que dirige (favorece) tais<br />

instantes casuais. (...) Tal produção artística rompe radicalmente com as obras duráveis. É inseparável de<br />

seu consumo imediato, como valor de uso essencialmente avesso à conservação sob a forma de merca<strong>do</strong>ria”<br />

(“Teoria <strong>do</strong>s momentos e construção das situações”). Cf. Apologia da deriva: escritos situacionistas sobre a<br />

cidade. Paola Berenstein Jacques (org.). Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003, p. 62 e 121,<br />

respectivamente.<br />

15 Nesse ponto, evocamos as vertentes artísticas modernas que visam abolir as fronteiras formais entre a<br />

esfera da criação estética e a própria existência, identifican<strong>do</strong> o processo de invenção cria<strong>do</strong>ra com a<br />

promoção de maneiras de viver, conforme ilustra a nota anterior.<br />

16 “Se chamamos 'captura' essa essência interior ou essa unidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, devemos dizer que as palavras<br />

'captura mágica' descrevem bem a situação, uma vez que ela aparece sempre como já feita e se pressupon<strong>do</strong><br />

a si mesma”. Gilles Deleuze e Félix Guattari, “7000 a. c. – Aparelho de captura”, “Proposição X: O Esta<strong>do</strong> e<br />

seus pólos”, in Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 5. São Paulo: Ed. 34, 1997, p. 115.<br />

17 “(...) em culturas em declínio, onde quer que as massas tenham a decisão, a autenticidade se torna<br />

supérflua, desvantajosa, inconveniente”. Os estu<strong>do</strong>s dedica<strong>do</strong>s a uma 'fisiologia da estética', elabora<strong>do</strong>s por<br />

Friedrich Nietzsche e expostos em parte em sua obra O caso Wagner, ao invés de uma estética propriamente<br />

dita ou idealista, diagnosticam como a arte em suas vertentes modernas se encontra perpassada por morais<br />

<strong>do</strong>entias. Cf. O caso Wagner: um problema para músicos / Nietzsche contra Wagner: <strong>do</strong>ssiê de um<br />

psicólogo. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 31 e 19, respectivamente.<br />

18 “O dadaísmo quis suprimir a arte sem realizá-la; o surrealismo quis realizar a arte sem suprimi-la. A<br />

posição crítica elaborada desde então pelos situacionistas mostrou que a supressão e a realização da arte<br />

são os aspectos inseparáveis de uma mesma superação da arte”. Guy Debord, “A negação e o consumo na<br />

cultura”, in A sociedade <strong>do</strong> espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997, § 191.<br />

19 Eis uma das diferenças de natureza propalada pela Machinapolis: a produção de máquinas pelo regime<br />

entrópico reifica<strong>do</strong> suplanta os regimes energéticos cosmológicos, basea<strong>do</strong>s até então em velocidades

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