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Download do livro - cchla - UFRN

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temáticos de aprendiza<strong>do</strong> e atletismo poiéticos em torno de perspectivas<br />

teoréticas eminentemente arqueológicas e genealógicas, tivemos a<br />

oportunidade de apresentar resulta<strong>do</strong>s parciais daquilo que vínhamos<br />

maquinan<strong>do</strong> em nosso ateliê de idéias nomádicas. Apresentações que<br />

vieram a ser concretizadas a partir de explanações públicas de idéias<br />

organizadas em temáticas sobre uma filosofia de vida diferenciada, uma<br />

especiaria luminosa de visadas enuncia<strong>do</strong>ras no senti<strong>do</strong> de uma ecosofia,<br />

mas também uma rebelde insinuação, muito instintivamente em<br />

consideração a vários coletivos, em meio a interessa<strong>do</strong>s nos conteú<strong>do</strong>s<br />

aborda<strong>do</strong>s nas situações.<br />

Estávamos em plena atividade, e por lembrança, experiencian<strong>do</strong><br />

uma etapa toda especial quan<strong>do</strong> nos vimos diante da possibilidade de<br />

apresentar nossos pensamentos na academia. Havíamos organiza<strong>do</strong><br />

sessões artístico-filosóficas com a energia de escrever um <strong>livro</strong> de estu<strong>do</strong>s<br />

sobre as culturas ancestrais, cujo conteú<strong>do</strong> heteróclito veio se materializar<br />

em platôs escritos muito em boa hora, articula<strong>do</strong>s uns com os outros em um<br />

plano de imanência próprio estendi<strong>do</strong> em multiplicidades, <strong>livro</strong><br />

extemporâneo que afinal intitulamos Cosmologias: estu<strong>do</strong>s etnológicos<br />

6<br />

sobre a humanidade antiga .<br />

Nesse ciclo de estu<strong>do</strong>s, remontamos à pré-história, viajamos<br />

intensivamente com filósofos e cientistas em busca de elos ancestrais,<br />

inseparáveis de fissuras e intempéries: a conquista e a derrota de raças e<br />

culturas, desertos de gelo e de fogo – questionamos a transformação <strong>do</strong><br />

Animus em homem, inventariamos a codificação <strong>do</strong>s instintos em<br />

moralidades de costumes – tu<strong>do</strong> isso com o interesse de vislumbrar que<br />

condições são imprescindíveis para o forjamento de uma autêntica cultura.<br />

Mas isso não era tu<strong>do</strong>, pois a amizade e a experimentação constante,<br />

das quais emanam diálogos multiplica<strong>do</strong>s, nos incitaram a indagar, inclusive,<br />

as atividades filosóficas que havia tempo estavam sen<strong>do</strong> assimiladas e que,<br />

de ora em diante, se incorporaram à nossa práxis. De uma maneira ou de<br />

outra, orientamos a pesquisa e a intuição também em problemáticas que<br />

perpassam as bordas <strong>do</strong> expressivo nihilismo epocal, enquanto que a<br />

transvaloração <strong>do</strong>s valores, a importância de uma arte diferenciada como<br />

exercício desejante – à vontade de invenção, de possibilidades de vida –,<br />

apresentava-se-nos em toda sua força como uma espécie singular de<br />

resistência poética, digna de ser vislumbrada desde o íntimo abismo <strong>do</strong> peito,<br />

e em definitiva, abordada pelo agenciamento coletivo <strong>do</strong> grupo.<br />

Lucas Fortunato | Edson Gonçalves Filho | Lisandro Loreto 203

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