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Download do livro - cchla - UFRN

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viagem, o movimento, os caminhos que têm intenções de sonhos<br />

realizáveis, em vida, e em companhia de seres maravilhosos.<br />

E aí, nesses horizontes multicolori<strong>do</strong>s, planaltos, planícies,<br />

vontades e amores, a poesia se faz letra viva e se depreende nos atos, na<br />

experiência feita concretamente uma prática que transpõe fronteiras de<br />

origens, predestinações, senti<strong>do</strong>s e destinos grava<strong>do</strong>s a sangue, metal e<br />

energia, pela civilização, no caos.<br />

Nos caminhos que ainda virão, ainda há tantas coisas a encontrar,<br />

ainda há tanto por ver, por sentir, por realizar... A poesia corre por essas<br />

trilhas, algo que pode radicar-se entre encontros tão sutis, em descobertas<br />

tão complexas, tão difíceis de comunicar, que às vezes parece um sopro<br />

capaz de transmitir o indizível, das mágicas, autênticas, intensas e<br />

deliciosas plenitudes de uma vida em realizações poéticas.<br />

*<br />

O acaso nos trouxe até aqui. Bem sabemos que em uma sociedade<br />

mista, acromática e hibridizada, há várias suspeitas a duvidar, <strong>do</strong> agir e <strong>do</strong><br />

pensar, <strong>do</strong> querer e <strong>do</strong> fazer, <strong>do</strong> crer e <strong>do</strong> não crer... Instaura-se uma<br />

antilogia no habitat terrestre? Talvez essa questão seja o pano de fun<strong>do</strong> de<br />

nosso encontro casual.<br />

Sabemos também que os poetas malditos se reconhecem entre si<br />

por intermédio de seu caráter cosmopolita de ser, por meio desse<br />

estranhamento e entendimento claro sobre o acontecer histórico mundano,<br />

essa visão um tanto cruel de uma realidade sangrenta, dan<strong>do</strong> um sabor<br />

tragicômico aos âmbitos mais recônditos das representações humanas.<br />

Podemos tomar Shakespeare como exemplo? O que dizem os poetas<br />

malditos nas suas obras trágicas? Qual será a velocidade de sua poética, na<br />

experiência <strong>do</strong> sentir e escrever? Essa estranha vida que se anuncia será<br />

realmente o teatro de instintos mascara<strong>do</strong>s de um mun<strong>do</strong> shakespeariano?<br />

*<br />

Há sensibilidades que a<strong>do</strong>rnam seu senti<strong>do</strong> de plenitude, quan<strong>do</strong><br />

se reconhece o aurático encontro de vontades em experiências criativas.<br />

Uma confluência de seres marca<strong>do</strong>s pela poesia e o caos que se vive.<br />

Caminhos distantes entre solidões que não podem negar-se; porém, que<br />

2<br />

não se esvaem no espetáculo de escolhas produtor de imensos vazios .<br />

Nômades se reconhecem pelo olhar longínquo, pela postura e<br />

palavras desafiantes, pela potência que não se adequa. São guerreiros em<br />

Lucas Fortunato | Edson Gonçalves Filho | Lisandro Loreto 037

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