MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

Tencionava concluir o m6u assumpto nes*
te Capitulo , mostrando que o que referí
mais particularmente aos Mosteiros , e Conventos
se refere igualmente ás Cathedraes e
Collegiadas , aos Bispos Diocesanos , aos Mes-
tres das Ordens, e a todos os mais altos ou bai-
xos Donatarios, Ecclesiasticos , ou Seculares;
de jurisdicçSo, ou sem ella; Fidaigos de maior
ou menor solar , senhores ou nSo de baraço e
cutélo , de pendáo e caldeira , que tem Colonos,
eq u e, porque todos juntos nas suas doa^
çôes abarcárao no seu dominio a universalidad^
das terras do Reino, e prepotentes pelo seu monopolio,
naocontratársío pensoes jutita& cora seus
foreiros, maa forçârâo-lhas iiiiquas, fizerao com-
elles sociedades leoninas, em que,
Sans la moindre façon nos seigneurs, les, lions,
Prirent ainsi leurs parts sur celles des moutons,
com a mesma sem ceremonia todos os seus
foraes devem ser apanhados na mesma rede var-
redoura, todos cortados com ame&ma fouce ro-
çadoura , e reduzidos aos termos de razSo declarados
retro, termos que sao os únicos fiado-
dores dos justos interesses dos Lavradores , e
únicos promotores dos seguros progressos da
agricultura, principal base da felicidade dos Povos,
e da prosperidade do Estado, l’orém, ao
desempenhar o meu intento , se me apresentou
uma Obra moderna , cujo Auctor , Membro e
Chronista geral da sua Ordem Monachal , se
persuade ter defendido os foraes do seu poderoso
Mosteiro tao victoriosamente, que me nSo
pude abster de abbreviar a materia deste Capi"
tulo paraampliaradoseguinte, emrefutaçSo dos
seus argumentos»