MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

iiarchia, grantlefl vantagens para a povoaqStr, e
agricultura deste Reino , porque , diz este, vi'^
vendo aínda os Monges (Benedictinos) em todo o
rigor dos Irabalhos monásticos , como meros jo r-
naleiros, so' se recolhiáo aos seus Mosteiros ñas
horas do repouso, e orocáo, e o mais tempo em-
pregaváo cm cultivar por suas proprias m áos, do
que parece inferir que, luars semultiplicaváo os
seus Mosteiros, mais se multiplicavSo os traba*
]hos com que elles fundaváo Povoa^Óes e Fre~
guezias para commodo dos Seculares, que poraU
gum modo se aggregaváo ás suas lavouras, eda-
h i conjecturar a causa, porque a Provincia do
M inho veio a ser a mais povoada, e por conse-
quencia a mais abundante. Com mais sS crítica
o Auctor das f^ariedades sobre objectos relativos
ás artes., etc. achando a causa da sua mesma
maior popula^ao e cultura na sua melhor defeza
natural, eprotecQiÍo militar, accrescenta, Tom.
2. p. 2Cü; inas que nos contem maravilhas os Es^
critores , que vivérao nlguns Seculos depois , so-
bre o pretendido ísiado Jlorecente da nossa agricultura
nesses tempos de m iseria, e nos que oacredi-^
temos! Porém sem demorar-me aqui e»n um pon*
lo nimiamente controverso para ser discutido j
nSo posso deixar de observar J.* que , se t3o
bem povoárao, e cullivárao Monges , por bons
trabalhadores, as térras que se ihes derao, tanto
melhor teriao cultivado Seculares, igualmen*
te bous trabalhadores , as que se Ihes desaem;
porque, a!em de serem os mesmos homens, ede
terem as mesmas faculdades físicas , e intelie*
ctuaes em um e outro estado, tinhSo no segundo
sobre o primeiro o poder moral, que involve
a vantagem política de reproduzir , e multipli-
cer a sua especie pela sua classe, quando ; na